Confira o resultado: PROTESTE analisou bactérias e toxinas nos ovos

Confira o resultado: PROTESTE analisou bactérias e toxinas nos ovos

O teste não detectou a presença de toxinas ou bactérias; mesmo assim, a PROTESTE alerta que é preciso ter cautela ao armazenar na geladeira e no momento do cozimento, para evitar contaminação.

A PROTESTE avaliou dez lotes de ovos de galinha tipo grande Categoria A disponíveis para venda nas prateleiras dos supermercados: ovos vermelhos e brancos de granja e ovos vermelhos caipira. Nesse teste, não foram identificadas bactérias e toxinas nos ovos. Porém, o armazenamento após a compra, os cuidados durante o cozimento e após o preparo, seja na conservação dos ovos cozidos ou de preparações que o utilizam como ingrediente na receita, são fundamentais para evitar contaminação.

Conheça a composição nutricional dos ovos e os resultados encontrados nos nossos testes.

“Todos os lotes analisados estiveram em conformidade com a legislação. Não foram observadas a presença de bactérias e de toxinas. Isso significa que a qualidade bacteriológica dos ovos disponíveis no mercado fornece segurança alimentar e não prejudica a saúde do consumidor”, destacou Fernanda Taveira, especialista em Nutrição da PROTESTE.

No entanto, segundo ela, isso não significa que o consumidor não corre o risco de adquirir uma intoxicação. Distinguir um ovo sadio de outro infectado com Salmonella, por exemplo, é praticamente impossível, mas se você tiver alguns cuidados, com certeza irá minimizar o risco de toxinfecção alimentar. 

Confira as dicas da PROTESTE, baseadas na Portaria CVS nº5 (2013), na RDC nº 12/2001 e do Decreto Lei no 9013 (2017).

Quais os cuidados ao comprar e armazenar ovos de galinha?

  • O primeiro passo, para evitar contaminação é dar prioridade aos ovos de galinha que estejam sob refrigeração nos mercados. Isso porque a refrigeração miniminiza o risco de contaminação. 
  • Verifique a validade e se não há ovos quebrados ou rachados e sujos. O prazo de validade dos ovos é de 30 dias. Dessa forma, você já estará minimizando o risco de levar ovos contaminados para a sua casa.
  • Em casa, eles devem ser armazenados em geladeira, em um recipiente limpo. Descarte a embalagem original. 
  • Evite preparações com ovos crus ou mal cozidos.  Não utilize ovos com casca rachada ou sujos nas preparações de alimentos.
  • Os ovos cozidos devem ser fervidos por sete minutos e os ovos fritos devem apresentar a gema dura. 
  • E lembre-se: o ovo é um alimento perecível e após o preparo, deve ser conservado em embalagem fechada e sob refrigeração. O armazenamento na geladeira minimiza o risco de contaminação. 
  • Logo após prontas, as preparações que contêm ovos, devem ser refrigeradas em até 2 horas e, conservadas geladeira ou congelada .

Teste não detectou toxinas nos ovos

No ensaio realizado, a PROTESTE não detectou contaminantes relevantes. No entanto,  o cuidado é necessário porque alguns metabólitos (aflatoxina e ocratoxina A), que são produzidos por fungos, representam riscos à saúde do consumidor. O efeito crônico dessas substâncias pode promover toxicidade nos rins e até levar ao câncer no fígado. A PROTESTE analisou os níveis de aflatoxinas B1, B2, G1, G2  e ocratoxina A. 

“Ainda que não exista legislação no Brasil sobre o limite máximo de micotoxinas em ovos de galinha, é possível encontrar a contaminação neles. Isso porque as galinhas podem consumir uma ração contaminada e, como consequência, as micotoxinas, em especial a Aflatoxina B1, pode ser transferida para os ovos no momento da postura”, explicou a especialista da PROTESTE. No entanto, nenhum dos lotes analisados apresentou toxinas nos ovos, como aflatoxinas e ocratoxina A. 

O teste avaliou também a qualidade bacteriológica dos ovos de galinha de granja e caipira. Verificamos a presença de Salmonella spp., Estafilococos coagulase positiva e coliformes termotolerantes nos lotes de ovos de galinha . 

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Segundo a literatura, a Salmonella vive no intestino das aves e a contaminação ocorre quando a galinha põe o ovo. Dessa forma, a contaminação por Salmonella em ovos pode acontecer tanto pela casca (especialmente quando há rachaduras), quanto pela gema. 

Os principais sintomas da contaminação por Salmonella são cólicas abdominais, náuseas, vômitos, febre, diarreia, cansaço, perda de apetite, calafrios e dor de cabeça. Em casos crônicos são observados sintomas de artrite por volta da terceira semana após o início das manifestações do quadro agudo.

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