Autismo: esclarecimento é a melhor maneira de lidar com ele

Autismo: esclarecimento é a melhor maneira de lidar com ele

Para entender o autismo, é preciso muita informação, principalmente para esclarecer muitas questões falsas que circulam em tempos de internet

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista, é uma condição que engloba uma série de características distintas. As pessoas que apresentam TEA podem ter dificuldades com o contato sócio emocional, e por isso trata-se de uma situação complexa. Para entender o autismo, é preciso muita informação, principalmente para esclarecer muitas questões falsas que circulam em tempos de internet.

Veja alguns pontos importantes sobre o autismo, publicados pelo portal G1:

Causas do autismo permanece indefinida

Não há uma causa definida ou específica para o TEA. A ciência trabalha com a ideia de que o problema é resultado de interação entre os genes e o ambiente. Cada pessoa tem uma arquitetura genética única, desde a formação como feto. Por isso, todos passamos por influências ambientais únicas. A interação destes fatores únicos, individuais e muito específicos de cada pessoa pode resultar no TEA.

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Diagnóstico precoce é fundamental

Para que a pessoa com autismo tenha qualidade de vida e seja bem amparada, é fundamental o diagnóstico precoce, que quanto mais cedo for feito, melhor. Algumas crianças apresentam sinais antes dos 2 anos de idade. Esta é uma boa época para o diagnóstico pois permite que o tratamento se inicie logo.

  • Até os 6 meses: poucas expressões faciais, baixo contato ocular, ausência de sorriso social e baixo engajamento sociocomunicativo.
  • Até os 9 meses: não faz troca comunicativa; não balbucia sílabas; não olha quando chamado e também não olha quando o adulto aponta; imitação pouca ou ausente.
  • Até os 12 meses: não apresenta gestos convencionais (dar “tchau”, por exemplo); não fala duas sílabas juntas; ausência de atenção compartilhada.

Importante dizer: estes sinais NÃO são sinônimo de diagnóstico de TEA. Nada disso. Esses sinais devem chamar a atenção de pais e cuidadores e quem pode fazer o diagnóstico é uma equipe especializada.

Também é importante ter em mente que não há um exame laboratorial ou de imagem específico para identificar o TEA. Por isso, o diagnóstico é embasado em escalas internacionalmente validadas que devem ser aplicadas por especialistas da área.

Associações com outras condições de saúde

Outro ponto a ser considerado é que há comorbidades associadas ao TEA que devem ser identificadas. São elas: transtornos de ansiedade, ansiedade de separação, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), tiques motores, episódios depressivos e comportamentos auto lesivos, transtornos de déficit de atenção e hiperatividade, deficiência intelectual, déficit de linguagem, alterações sensoriais, doenças genéticas, transtornos gastrointestinais, distúrbios neurológicos como epilepsia e distúrbios do sono e comprometimento motor.

autismoTratamento do autismo é multidisciplinar

Após o diagnóstico de autismo, o tratamento é amplo e deve ser feito por uma equipe multiprofissional. Além do pediatra, outros profissionais podem ajudar nesse processo, acompanhando as necessidades individuais de cada criança. Psicólogo, psiquiatra, neurologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, geneticista, educador físico e pedagogo têm papel fundamental nesse tratamento. Além disso, a terapia cognitivo comportamental tem apresentado bons resultados no TEA.

Por fim, os pais e familiares devem ter em mente que a criança com TEA tem suas especificidades únicas e necessidades próprias. O diagnóstico precoce, sem medos ou preconceitos, certamente ajudará muito nesse processo.

Com informações do G1.