Lanche na praia: boas escolhas evitam problemas
Pesquisa da PROTESTE encontrou indícios de falta de higiene em produtos comprados com vendedores ambulantes na praia
Sol e mar são as melhores formas de curtir o verão. Porém, quem passa o dia na praia acaba se deparando com a fome em algum momento. A opção mais segura e barata nesses casos, é levar o próprio lanchinho de casa. Mas e se isso não for possível? A saída é ficar atento e saber fazer boas escolhas para o lanche na praia, a fim de evitar intoxicações e outras doenças.
De acordo com teste realizado pela PROTESTE com comidas de praia, a maioria dos produtos adquiridos das mãos de vendedores ambulantes apresenta condições propícias para o desenvolvimento de bactérias, incluindo as patogênicas – aquelas que fazem mal à saúde. Realizada no litoral de cinco estados brasileiros, a pesquisa encontrou ainda indícios de falta de higiene durante a manipulação dos alimentos.
Por isso, para evitar problemas como intoxicação ou infecção alimentar, a recomendação é apostar em medidas preventivas.
Confira algumas dicas para escolher seu lanche na praia
Prefira produtos industrializados. Refrescante, o picolé de fruta é um exemplo. Mas fica o alerta: consuma com moderação. Tenha em mente que esses alimentos podem trazer substâncias nada benéficas ao organismo, como gorduras, corantes e conservantes. E fique atento à embalagem: vale a pena conferir o estado dela, assim como o rótulo e a data de validade.
Observe a higiene. Antes de adquirir o alimento das mãos de vendedores ambulantes, vale analisar se o recipiente em que o produto fica armazenado está limpo e em bom estado.
Avalie os alimentos antes da compra. Evite aqueles com odor, cor ou textura duvidosa. Fuja ainda de produtos expostos ao sol, desprotegidos ou colocados em bandejas improvisadas.
Evite alimentos crus. Diga não, por exemplo, às ostras cruas. O mesmo vale para produtos à base de maionese, que representam alto risco de contaminação pela bactéria Salmonella, principalmente quando expostos a temperaturas inadequadas.
Escolha alimentos bem quentes e preparados a altas temperaturas, porque eles estão menos suscetíveis à contaminação. Um bom exemplo é o milho verde. Entretanto, consuma sem manteiga e não exagere no sal. Mas atenção: deixe de lado os alimentos aquecidos na areia da praia, como queijo coalho e salsichão.
Não utilize molhos acondicionados em bisnagas flexíveis. Geralmente, esses produtos são preparados pela manhã, ou até no dia anterior, e não são mantidos em refrigeração. Se não abre mão do molho, dê preferência aos sachês.
Bebidas também podem ser perigosas. Os riscos de contaminação não se restringem aos alimentos. Bebidas também podem provocar infecção ou intoxicação alimentar, seja devido à má procedência da água ou às más condições de preparo. Mais uma vez, a dica é ficar de olho tanto na higiene quanto no armazenamento. Observe, por exemplo, se a garrafa está livre de rachaduras ou arranhões. Além disso, utilize copos descartáveis. Se adquirir bebida em lata, lave-a antes de consumir.