Conheça a insulina que vai melhorar o bem estar de diabéticos

Conheça a insulina que vai melhorar o bem estar de diabéticos

Pacientes diabéticos contam agora uma nova opção de tratamento que promete melhorar a qualidade de vida.

Os pacientes diabéticos têm agora uma nova opção de tratamento no Brasil. No final de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a comercialização da primeira insulina inalável do País. A droga promete melhorar a qualidade de vida de diabéticos.

Batizada de Afrezza, a nova insulina é comercializada em pó, em cartuchos com três tipos de dosagem. Para utilizar, o paciente deve encaixar o cartucho no inalador e aspirar o pó. Dessa forma, a substância chega ao pulmão e é absorvida pela corrente sanguínea, onde cumpre a função de reduzir os níveis de açúcar no sangue. Hoje, as insulinas disponíveis no mercado brasileiro são todas injetáveis.

Embora vá melhorar a qualidade de vida de diabéticos, a Afrezza tem limitações. Ela não é capaz de substituir todas as aplicações diárias de insulina e tem pouca variedade de dosagens. Além disso, é contraindicada para pacientes com problemas pulmonares e menores de 18 anos.

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Por outro lado, a nova insulina é mais fácil de transportar e armazenar, já que não exige refrigeração. O medicamento também poderá reduzir o número de picadas de agulha a que os pacientes precisam se submeter diariamente.

Inalador de insulina

A insulina inalável pode substituir somente as aplicações de insulina de ação rápida ou ultrarrápida, também chamadas de bolus. Esse tipo de insulina é utilizada geralmente antes de cada refeição, quando o organismo precisa de um volume maior do hormônio para compensar o açúcar ingerido.

A informação foi publicada no site do Estadão.

Insulina inalável vai melhorar qualidade de vida de diabéticos mas não substitui a injetável

Já o outro tipo de insulina, a basal, de ação mais lenta, é geralmente aplicada somente uma vez por dia. De acordo com a endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Lívia Porto, este tipo não poderá ser substituído pelo produto inalável.

“Se o paciente diabético tem um tratamento nesse esquema basal-bolus, ele costuma fazer pelo menos quatro aplicações por dia: uma basal e três bolus, no café da manhã, almoço e jantar. Assim, se passar a usar a inalável, ele diminuiria de quatro aplicações diárias para uma aplicação. Seria um ganho de qualidade de vida, mas não substituiria totalmente a injetável”, diz a médica.

Para Heraldo Marchezini, CEO da Biomm, empresa responsável pela distribuição do produto no Brasil, a facilidade de manuseio e uso da Afrezza representa um avanço na qualidade de vida dos pacientes. “No momento das refeições, o paciente muitas vezes tem que utilizar a insulina em uma situação social, fora de casa. Com a inalável, o procedimento pode ser mais rápido e discreto. Além disso, o inalador cabe na palma da mão. É uma grande inovação na forma de aplicar”, afirma.

Ele afirma ainda que o produto pode ser usado tanto por pacientes com diabete tipo 1 quanto por portadores do tipo 2 da doença. Considerando, no entanto, que a maioria dos diabéticos tipo 2 fazem tratamento com comprimidos e não com insulina, os principais beneficiados pelo novo produto seriam os pacientes com diabete tipo 1, cujo tratamento obrigatoriamente inclui aplicação de insulina.