O que é tuberculose ganglionar e quais os tratamentos?

O que é tuberculose ganglionar e quais os tratamentos?

Muito falada atualmente, entenda o que é esse tipo de tuberculose, quais os sintomas, formas de contágio e qual o tratamento

A tuberculose ganglionar foi muito comentada nos últimos tempos desde que a cantora Simaria, da dupla sertaneja Simone e Simaria, a contraiu. Por esse motivo, a doença tem despertado a curiosidade das pessoas. Mas o que é? Quais os sintomas e tratamento? A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um manual sobre a tuberculose e a PROTESTE separou as principais dúvidas.

O que é tuberculose ganglionar?

É um tipo de tuberculose que acomete os gânglios linfáticos. Também chamados de linfonodos, que são pequenos órgãos de defesa localizados em várias partes do corpo.

É uma variedade de tuberculose na qual os bacilos Mycobacterium tuberculosis (ou Bacilos de Koch) não infectam os pulmões como de costume. E sim os gânglios, órgãos do corpo onde está situada grande parte das células de defesa.

Além disso, a Mycobacterium tuberculosis pode permanecer inativa no organismo por muito tempo, não apresentando nenhum sintoma. Entretanto, condições que provocam a queda do sistema imune (como o estresse) favorecem a proliferação da bactéria. O que pode desencadear a doença.

Quais são os seus sintomas?

Os sintomas que definem a tuberculose ganglionar são diferentes dos da pulmonar. Ou seja, não há espirros e nem de tosse com sangue. Os sintomas mais comuns são:

  • ínguas inchadas no pescoço, que evoluem gradativamente;
  • vermelhidão e inflamação no local;
  • dor na região cervical.

Alguns pacientes também apresentam:

  • perda do apetite;
  • emagrecimento;
  • palidez;
  • febre baixa, em torno dos 38º C, principalmente no fim da tarde;
  • sudorese noturna;
  • cansaço excessivo.

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Como ocorre o contágio?

A tuberculose ganglionar não é contagiosa. Ela não é transmitida de pessoa para pessoa por meio das secreções respiratórias como a pulmonar. Pacientes com tuberculose ganglionar não são capazes de transmitir a bactéria Mycobacterium tuberculosis. Ou seja, esses indivíduos não precisam ficar em isolamento. Podem entrar em contato com outras pessoas normalmente, pois não existe risco de contágio.

Quais são os fatores de risco para contrair essa doença?

Para contrair a infecção é preciso entrar em contato com uma pessoa que tenha tuberculose. No entanto, isso não significa que a doença vai se desenvolver. Tudo vai depender da condição imunológica de cada indivíduo.

Pessoas portadoras do vírus HIV ou pacientes em tratamento do câncer estão mais suscetíveis à tuberculose. Além disso, existem outras condições que também podem contribuir para a baixa imunidade e facilitar o desenvolvimento da doença:

  • alimentação inadequada;
  • higiene insuficiente;
  • estresse;
  • tabagismo;
  • alcoolismo.

Qual o tratamento?

O tratamento de todos os tipos dessa doença é igual e tem a duração de seis meses. Nos primeiros 60 dias, o esquema de medicamentos é chamado de “RIPE”. Ou seja, uma associação dos antibióticos rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

A segunda fase do tratamento utiliza apenas a rifampicina e a isoniazida. Todos esses medicamentos são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).