Que Doce! Conheça a história de um micro empreendimento que superou a crise

Que Doce! Conheça a história de um micro empreendimento que superou a crise

A Que Doce! é um micro empreendimento familiar, cujo foco, antes da pandemia, eram eventos; com várias festas canceladas por causa da quarentena, o negócio precisou se reinventar

Em função da crise causada pelo coronavírus, inúmeras empresas precisaram interromper suas atividades e enfrentam grandes dificuldades econômicas. Muito se fala da necessidade de se reinventar, pensar fora da caixa, criar alternativas para a sobrevivência do empreendimento. Porém, na prática, isso não é tão simples. Ainda mais quando se trata de um micro empreendimento familiar.

“Esse estalo, a ideia para iniciar uma mudança, não é algo simples. Não basta pensar ‘vou me reinventar'”, disse Flávia Olmo, empreendedora que está à frente da Que Doce!, uma confeitaria cujo trabalho principal, antes da pandemia, era fornecer bolos e doces para eventos de pequeno porte. Em fevereiro, Flávia participou da live da PROTESTE que antecedeu o lançamento do curso online Você Chef: Da Cozinha ao Lucro, contando como iniciou o negócio.

Esse estalo, a ideia para iniciar uma mudança, não é algo simples. Não basta pensar ‘vou me reinventar’.

“Quando começou a quarentena e as festas começaram a ser canceladas, achei que enfrentaria uma grande crise, que não venderia nada”, contou. Na semana em que começou o isolamento social, inclusive, eu iria palestrar em um evento e, como sempre faço, levaria uma quantidade de doces para degustação. Com o cancelamento, acabei oferecendo os produtos em meu Instagram e o resultado foi muito interessante”.

Páscoa trouxe o dobro de vendas

Ainda preocupada com o futuro de seu negócio, Flávia passou a divulgar os produtos para a Páscoa. “O resultado nos surpreendeu. Fizemos mais do que o dobro de entregas de anos anteriores”, contou. Segundo ela, a razão foram os presentes para amigos e parentes. “As pessoas não puderam se reunir, em função do isolamento. Então, resolveram presentear parentes e amigos, aproveitando o serviço de entrega”, disse ela.

De acordo com a empreendedora, foi nesse momento que ela percebeu que precisaria mudar o seu modelo de negócios. “Já que eu não teria mais eventos para fornecer os doces, resolvi apostar nas entregas. O resultado tem sido muito bom e o faturamento de nossa empresa não caiu”, ressaltou.

Hoje, a Que Doce! passou a produzir bolos menores, para comemorações familiares e fazer entregas de cestas e todo tipo de doce. “Como as pessoas não podem se reunir para comemorar, já fiz entregas de pequenos bolos em vários endereços, para viabilizar uma festa virtual, por exemplo”, afirmou.

Datas comemorativas deram mais fôlego ao micro empreendimento

No Dia das Mães, a Que Doce! investiu em cestas personalizadas, cartões com mensagens carinhosas, flores e muito carinho. “Nós entregamos um produto com sentimento. As mães estavam afastadas dos filhos e receberam mensagens emocionantes, além dos produtos da cesta”, disse a confeiteira, que já está planejando a estratégia para o Dia dos Namorados.

Para viabilizar o novo serviço de entregas, Flávia faz um planejamento de rotas, de acordo com os pedidos. “Antes, era meu pai que fazia as entregas. No entanto, como ele faz parte do grupo de risco, precisou se afastar do trabalho. Fiz parceria com alguns motoristas de Uber e, para não encarecer o valor da entrega, é necessário planejar com cuidado cada trajeto”, explicou.

De acordo com a empresária, em alguns casos a Que Doce! precisou assumir parte desse custo de entrega. No entanto, em sua avaliação, isso foi importante para viabilizar a venda e conquistar o cliente.

“Isso faz parte da gestão de um micro empreendimento. Acredito que o mercado de eventos vai demorar muito tempo para se reaquecer. Então, estamos apostando nesse novo modelo e reforçando a comunicação afetiva”, finalizou.

Quer saber mais sobre empreendedorismo alimentar? Então, confira o curso Você Chef: da Cozinha ao Lucro, da PROTESTE.