Aspartame: saiba quais são os riscos associados ao seu uso
Mesmo com avisos sobre perigo, ainda não há novas indicações para seu uso
Estudos realizados pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Flórida descobriram que o aspartame pode ter um impacto negativo na memória e aprendizado dos consumidores.
O estudo, que juntou um grupo de camundongos separados em três classes: os que consumiram somente água com 7% da quantidade máxima de aspartame seguro, os que ingeriram 15% do máximo e o terceiro grupo, que tomou somente água. Com esse teste foi possível ver que os camundongos que consumiram o aspartame em quantidades mais baixas do que indicado, começaram a apresentar déficits em seu aprendizado espacial e na memória de seus descendentes.
Esse teste foi realizado durante 16 semanas, e ao longo desse tempo os ratos foram testados de maneiras cognitivas diferentes, com um teste final onde era preciso encontrar uma caixa de fuga segura entre as 40 opções disponíveis. Os resultados foram publicados na revista científica Science Reports, e mostram que os ratos do grupo de controle não tiveram dificuldades em encontrar a caixa, já os que ingeriram os 7% e os 15%, demoraram muito mais tempo para sair. Segundo o portal G1, o próximo passo dessas pesquisas é estudar de perto os efeitos do aspartame nos espermatozoides.
De acordo com os cientistas, uma lista crescente de mecanismos pode medir as ações do aspartame no cérebro e no comportamento de quem o consome, incluindo a alteração de sinal do GABA e do neurotransmissor glutamato no cérebro, junto com aumento da ansiedade e estresse.
Com várias pesquisas sendo feitas sobre os possíveis efeitos do alimento aos consumidores, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer e a Organização Mundial da Saúde também decidiram incluir a substância na lista dos ‘’possivelmente cancerígenos’’.
Usado mundialmente para adoçar os refrigerantes sem açúcar e em receitas de doces diet, o aspartame agora está Incluso no grupo 2B, junto com o escapamento de motor, chumbo e ocupação de cabeleireiro. A substância ainda não tem novas diretrizes para o seu uso, e a quantidade indicada continua sendo, pela OMS, de 40mg por quilo de peso corporal.