É tudo mentira? Entenda o risco das fake news na saúde

É tudo mentira? Entenda o risco das fake news na saúde

A divulgação de notícias falsas, ou fake news, coloca em risco a seriedade das ações na área de saúde; veja como combater a desinformação!

Fazer gargarejos com água morna ou ingerir chá de alho pode reduzir as contaminações por coronavírus? A Covid-19 pode ser transmitida por plástico bolha ou por antenas 5G? Usar vinagre no lugar do álcool em gel é mais eficiente para higienizar as mãos? Essas são apenas algumas das fake news na saúde, que causam desinformação e confusão na divulgação do trabalho sério de combate à doença. 

O que tem de informação falsa (e irresponsável) circulando na internet, no WhatsApp e até mesmo em conversas entre amigos e familiares não é brincadeira! O grande problema é que boa parte das pessoas não sabe como identificar o que é real e o que não tem sentido algum. Apesar de os exemplos listados parecerem bastante estranhos e, justamente em razão disso, serem relativamente fáceis de identificar, outras tantas notícias acabam sendo disseminadas entre as pessoas e causam não somente alarde, mas também dificuldades no combate à doença. 

Aliás, em inúmeros casos, a propagação de notícias falsas se transforma em um verdadeiro desserviço, comprometendo, inclusive, o trabalho sério dos profissionais de saúde. Por isso, o Ministério da Saúde (MS) criou uma página específica para esclarecer a população acerca das principais fake news sobre a disseminação e riscos da Covid-19. 

Além do MS, outras entidades, como os Médicos sem Fronteiras, a Fiocruz, a Agência Lupa e algumas redes hospitalares também estão investindo em campanhas para esclarecer a população e evitar que as fake news na saúde comprometam o tratamento adequado da doença. 

Quer conferir as seis principais mentiras (e esclarecimentos feitos pelas entidades) sobre a Covid-19? Então, continue a leitura de nosso post!

1. O coronavírus é um vírus maior que o normal, por isso qualquer máscara impede a transmissão?

Mentira! O vírus não tem tamanho distinto e a máscara protege quem a utiliza, sobretudo em locais com maior aglomeração de pessoas, como transportes coletivos, elevadores, entre outros.

2. O coronavírus pode ser curado com o coquetel contra HIV?

Não. Os primeiros testes do uso de medicamentos contra HIV foram animadores. Novos estudos, porém, mostraram que não houve resultados significativos. 

3. A Organização Mundial da Saúde passou a recomendar o uso de hidroxicloroquina para combater a Covid-19?

Fake. Apesar das notícias que circularam recentemente, a OMS deixou claro que “não houve mudanças no entendimento sobre a inadequação destes medicamentos para a Covid-19”. A entidade destaca que “todo país é soberano para decidir sobre seus protocolos clínicos de uso de medicamentos. Embora a hidroxicloroquina e a cloroquina sejam produtos licenciados para o tratamento de outras doenças – respectivamente, doenças autoimunes e malária –, não há evidência científica até o momento de que eles sejam eficazes e seguros no tratamento da Covid-19”. 

4. Isolamento social é ineficaz e 80% da população é imune?

Mais uma notícia falsa. Sua origem seria uma entrevista com um pesquisador conhecido da University College London, Karl Friston. Ele, no entanto, negou ter sido o autor das declarações ou de qualquer pesquisa. “Estão afirmando nas redes sociais que eu disse que 80% da população mundial é imune à Covid-19 e que, portanto, o bloqueio era inútil. Mas isso é falso”, disse.


5. A vacinação não é segura?

Totalmente fake. Embora ainda não exista uma vacina capaz de imunizar as pessoas contra o novo coronavírus, as notícias sobre a falta de segurança na vacinação, que remetem a temas absurdos, como o uso de células de fetos abortados ou a possibilidade de implantação de chips em seres humanos, são um grande desserviço à cura da doença e um desrespeito para os médicos e pesquisadores envolvidos no tema. 

6. Determinados alimentos têm o poder de evitar a Covid-19?

Não. Embora a alimentação saudável de fato promova melhorias na imunidade e na saúde em geral, não há comprovação de que o uso de certos alimentos possa conter ou evitar a doença. Isso vale para alimentos em geral e também para os suplementos vitamínicos. 

Como se defender da pandemia de fake news na saúde?

Em determinados casos, pelo absurdo das informações compartilhadas, deve prevalecer o bom-senso. Mas, se a notícia for enviada por uma pessoa de sua confiança e você tiver dúvidas o que fazer?

A melhor opção é buscar fontes oficiais que possam atestar a veracidade (ou não) da informação. O Ministério da Saúde e a Fiocruz, por exemplo, são boas opções. Em caso de dúvida, vale a pena consultar seu médico de confiança ou, ao menos, chegar na busca do google a suposta informação. Afinal, não é porque ela está nas redes sociais que é verdade, certo?

A desinformação pode levar a decisões erradas de consumo. Se precisar, reclame com a ajuda da PROTESTE! CONHEÇA O RECLAME arrow_right_alt