Transtornos mentais: causas podem ser mais complexas
Uma nova linha de pesquisa sugere que os transtornos mentais podem ser causados por uma combinação de fatores externos e internos
Por RedaçãoEm 02/12/2019 às 12:03 2minutos de leitura
Mesmo após muitas décadas de estudo e pesquisa, ainda não existem explicações completas para a maioria dos transtornos mentais. Doenças como depressão, transtorno obsessivo-compulsivo e esquizofrenia, ainda não foram totalmente decifradas. Desse modo, os pesquisadores não sabem realmente como esses padrões de pensamento, comportamento e emoção interrompidos se desenvolvem ou por que eles permanecem existindo.
No entanto, os cientistas seguem em busca de resposta e há a esperança de que, em breve descobrirão as causas profundas dessas doenças. Com esse conhecimento, espera-se encontrar também a cura. Uma das hipóteses mais utilizadas para a depressão, por exemplo, é de que o transtorno pode ser causada por um desequilíbrio químico. Isso pode ser verdade, mas a verdade é que não há certezas.
Porém, atualmente os pesquisadores estão começando a considerar a possibilidade de que os transtornos mentais podem ser causados por muitos mecanismos agindo ao mesmo tempo, e não apenas uma única explicação. Esses fatores podem estar situados no cérebro, mas também podem estar localizados no corpo e até no ambiente externo, interagindo entre si em uma rede para criar os padrões de sofrimento e disfunção que atualmente reconhecemos e rotulamos como variedades de doenças mentais.
Uma análise mais complexa sobre os transtornos mentais
Com isso, a análise seria muito mais complexa. Caso essas hipóteses sejam confirmadas, ficaria entendido que os padrões como depressão e ansiedade generalizada surgem como tendências no sistema humano cérebro-corpo-ambiente. Desse modo, uma vez que os padrões são estabelecidos, eles são difíceis de mudar porque a rede continua a mantê-los.
Em artigo, o blog Scientific American analisa que, com esse tipo de avaliação, poderia haver um conjunto de explicações para uma doença. Como por exemplo, em nível neurológico, mostrando como a dificuldade em experimentar o prazer está relacionada à dificuldade para dormir. Já em nível psicológico e ecológico, explicaria como as mudanças que as pessoas deprimidas fazem em seus ambientes contribuem para o humor.
O processo de descoberta dos pesquisadores vem avaliando diversas questões em diferentes escalas. Entre os pontos levantados, estão os questionamentos: o que está acontecendo no cérebro e no corpo das pessoas? Como é esse processo? De que forma agem esses fatores? Como isso muda seu ambiente? Como os outros reagem a isso?
Somente após esse rigoroso processo de investigação, o pesquisador tenta explicar o relacionamento entre algumas das partes. Desse modo, a intenção geral é descobrir aos poucos de que forma os mecanismos do distúrbio atuam na vida das pessoas. “Uma vez que entendemos o suficiente das causas em jogo, podemos começar a entender como o padrão de comportamento disfuncional é mantido e a melhor forma de efetuar mudanças positivas”, comenta Kristopher Nielsen no blog.
Uma vez que entendemos o suficiente das causas em jogo, podemos começar a entender como o padrão de comportamento disfuncional é mantido e a melhor forma de efetuar mudanças positivas.
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