Tuberculose: crianças sem cicatriz vacinal não precisam de nova dose

Tuberculose: crianças sem cicatriz vacinal não precisam de nova dose

Ministério da Saúde tem nova recomendação após comprovação da eficácia da BCG contra tuberculose em crianças que não ficam com cicatriz

A partir de agora, as crianças que não apresentarem cicatriz após receberem dose da vacina contra tuberculose (BCG) não precisam ser revacinadas. De acordo com o Ministério da Saúde, a nova recomendação está alinhada com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI).

O procedimento passa a ser indicado após estudos comprovarem a eficácia do imunobiológico também em crianças que não ficam com cicatriz depois da vacina. “Seguimos a recomendação da OMS com relação a BCG porque a ausência da cicatriz vacinal não significa que a criança não está protegida contra a doença. Essa medida vai facilitar ainda mais o calendário de vacinação das crianças que conta, atualmente, com 14 vacinas. Dessa forma, diminuímos uma dose que não traria benefícios adicionais para a criança ”, explicou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

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Prevenção

A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG, oferecida gratuitamente no SUS. Ela deve ser dada às crianças logo ao nascer nas maternidades, ou na primeira visita da criança no serviço de saúde, o mais precocemente possível. A vacina também está disponível na rotina dos serviços para crianças menores de cinco anos de idade.

Sendo assim, com apenas uma dose, a vacina protege as crianças das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.

Cobertura vacinal contra a Tuberculose

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir doenças. Por isso, o Ministério da Saúde tem alertado periodicamente a população sobre a importância de manter a vacinação em dia. Além disso, vacinação é essencial para prevenir a volta de doenças erradicadas.

A BCG é uma das vacinas com maior adesão no Brasil. Em 2017, registrou 96,2% de cobertura vacinal em todo o país. Desse modo, o resultado é acima do preconizado pelo Ministério da Saúde que é de, pelo menos, 90%.

Os gestores têm até o mês de abril para atualizar no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI) a situação vacinal local. No entanto, dados preliminares já indicam que em 2018 a cobertura foi de 87,5%.

“Não podemos descansar com relação à vacinação. Só com altas coberturas vacinais é que conseguimos manter bem longe das nossas crianças doenças como a tuberculose, que pode até matar”, enfatiza Carla Domingues.

Abrangência

O Ministério da Saúde oferece gratuitamente todas as vacinas recomendadas pela OMS no Calendário Nacional de Vacinação. Os procedimentos são aplicados em mais de 36 mil salas de vacinação do SUS.

Atualmente, são cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos por ano. Dessa forma, as vacinas combatem mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias. Há ainda vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas, como portadores de HIV.

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