Por que mais de 35% descobrem câncer de mama já avançado

Por que mais de 35% descobrem câncer de mama já avançado

Estudo divulgado pelo Instituto Oncoguia mostra a idade média em que as mulheres têm o diagnóstico inicial e de metástase

Mais de 35% das mulheres descobriram o câncer de mama já em estágio avançado, segundo um estudo divulgado pelo Instituto Oncoguia, que dá apoio a pacientes com câncer. Segundo o estudo, a média de idade para o primeiro diagnóstico é aos 37 anos. Similarmente, do diagnóstico de metástase, 40. Assim, a idade média para o câncer de mama, de maneira geral, é aos 44 anos.

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A pesquisa foi realizada com mais de 250 pacientes com câncer de mama metastático – que já espalhou para outros órgãos. O Instituto ressalta que o câncer metastático é um estágio avançado da doença. Portanto, controlar a doença e manter a qualidade de vida são as prioridades desta fase.

Além disso, a maioria das mulheres que participaram do estudo não tinha histórico de câncer na família. Isso poderia explicar a pouca idade no momento do diagnóstico.

Cerca de 36% das mulheres da pesquisa descobriram a metástase por acaso, sem ter conhecimento do câncer no organismo. Mais de 60% das pacientes disseram ter metástases no osso, seguido de pulmão, fígado e cérebro, ainda de acordo com o estudo. Da mesma forma, a pesquisa demonstrou que 20% não sabe qual o seu tipo de câncer de mama. O instituto destaca que os tumores de mama diferem entre si e isso influencia no tipo de tratamento que será realizado.

Por exemplo, o tumor pode variar de acordo com o tipo de receptor que o paciente tem. Receptores são como fechaduras específicas e somente a chave certa pode ativá-los. Há tumores que são hormônio-positivos, outros expressam uma proteína chamada HER2. E há tumores chamado de triplo negativo, que não expressam nem HER2 nem hormônios. Assim, são essas informações que vão definir o tratamento adequado e proporcionar mais tempo e qualidade de vida a um paciente.

Outros dados

Cerca de 40% queixaram-se de perda de qualidade de vida após descobrirem o câncer. A própria doença e o tratamento podem apresentar uma série de efeitos colaterais. Isso somado ao tratamento periódico para o resto da vida podem explicar por que 78% das pacientes terem respondido que não trabalham. No momento do diagnóstico, cerca de 80% dessas pacientes estavam trabalhando. Um quarto dessas mulheres está aposentada pelo INSS.