Descubra a melhor opção de óleo na cozinha
Azeite, óleo de soja, girassol, milho, canola ou de coco. Entenda por que algumas propriedades não prejudicam a sua saúde.
Na hora de preparar um prato, você já deve ter se perguntado qual é a melhor opção de óleo para preparar os alimentos – azeite, óleo de soja, girassol, milho, canola ou de coco? Quando levado ao fogo, o óleo de cozinha tem as estruturas moleculares modificadas. “Acontece o tão conhecido processo de oxidação, ou seja, uma reação com o oxigênio do ar, formando aldeídos e peróxidos de lipídios. Estes primeiros compostos, mesmo quando consumidos em pequenas quantidades, têm sido relacionados a riscos de desenvolvimento de doenças do coração e câncer”, alerta Fernanda Taveira, especialista PROTESTE.
Estabilidade no calor
Azeite e óleo de girassol, milho e canola são os mais utilizados para cozimento de pratos. Entre eles, o azeite e o óleo de canola tendem a produzir menos aldeídos comparados aos outros, de acordo com estudos. “Esses óleos são ricos em ácidos graxos monoinsaturados e saturados, que são mais estáveis quando submetidos ao calor”, explica Fernanda.
Ainda que o óleo de canola possua estabilidade a elevadas temperaturas, o consumo não é recomendado para a saúde, já que foi criado artificialmente a partir de outra matéria-prima vegetal ‑ sementes de colza. “Ele até apresenta ômega 3 (ácido linolênico, que tem ação redutora de colesterol em sua composição), mas também possui ácido erúcico, que está associado a danos cardíacos, podendo gerar lesões fibróticas no coração quando consumido, a longo prazo”.
Indicações do azeite
Portanto, o melhor óleo de cozinha para preparar os pratos é o azeite. “Embora perca grande parte das suas propriedades antioxidantes quando aquecido a temperaturas acima de 180°C, ele possui uma maior quantidade de gorduras monoinsaturadas e menos gorduras saturadas comparado aos outros óleos. Além de gerar estabilidade, é uma excelente alternativa para prevenir doenças cardiovasculares e aumentar os níveis de colesterol bom (HDL)”, afirma a especialista.
A dica é: já que, no momento do cozimento, o azeite extravirgem perde grande parte das suas propriedades antioxidantes, o ideal é utilizar o azeite de oliva virgem para preparações que necessitam de temperatura mais elevada, acima de 180°C. “Na preparação de pratos frios, como saladas, opte pelo azeite de oliva extravirgem para aproveitar as suas propriedades antioxidantes”, diz Fernanda.
Uso do óleo de coco
O óleo de coco é um tipo de gordura que é transformada, de maneira rápida, em energia e não se acumula no corpo. Ele é composto, basicamente, por ácidos graxos saturados, na forma de triglicerídeos de cadeia média (TCM), sendo a fonte principal de ácido láurico. Em menor proporção, é composto por ácidos graxos insaturados, como o ácido oleico (ômega-9) e ácido linoleico (ômega-6).
Existem estudos que o relacionam com o aumento das doenças cardiovasculares, enquanto que outros já verificaram a redução dos níveis sanguíneos do colesterol ruim e aumento do colesterol bom. Umas das justificativas em relação ao benefício cardiovascular seria em função do tipo de ácidos graxos saturados de sua composição, o TCM, e do perfil de antioxidantes.
O TCM tem sido muito utilizado como opção de fonte de energia para o corpo se manter em atividade e cumprir suas funções vitais.
“Os estudos sobre óleo de coco ainda não são conclusivos. Mesmo assim, não sugerem a sua retirada da dieta, quando se trata de doenças cardiovasculares. Pelo contrário, indicam a combinação dos tipos de gordura ofertados na alimentação, mas claro, sempre com moderação e lembrando do equilíbrio da alimentação como um todo”, ressalta a especialista.
Cuidados importantes
Além da escolha do melhor tipo, outros fatores super importantes para garantia da qualidade do óleo de cozinha são os cuidados com o tempo de uso, exposição do produto (luminosidade local, temperatura e umidade) e contato com alguns materiais.
A deterioração do óleo aumenta conforme o número de reutilização em frituras, tempo prolongado de exposição a elevadas temperaturas e contato com panelas como as de ferro e aluminio. Portanto, evite reutilizá-lo por mais de 2 vezes, aqueça-o apenas no ato da fritura e evite o uso de fritadeiras ou utensílios com esses metais.”
Voce sabe o que é Dislipidemia? São alterações nos níveis de lipídios (gorduras) e de lipoproteínas (moléculas de lipídios e proteínas) no sangue. Se inform sobre o assunto. Na REVISTA PREOTESTE tem uma matéria com algumas informações para você. Ficou curioso? Associe-se.