Disfunção erétil tem causa emocional na maior parte das vezes

Disfunção erétil tem causa emocional na maior parte das vezes

Questões emocionais como ansiedade e problemas financeiros são a causa de 70% dos casos de impotência

A disfunção erétil, também conhecida como impotência sexual, é caracterizada pela falta de ereção permanente. Ou seja, apenas falhas ocasionais não configuram a doença. De acordo com o cirurgião vascular José Mário Reis, em cerca de 70% dos casos a causa do problema é emocional. “Os 30% restantes apresentam uma disfunção orgânica que pode ser vascular de origem arterial ou hormonal. Em menor número, também podem ser resultado de alterações na anatomia do pênis, como ocorre na doença de Peyronie”, afirmou o especialista, em entrevista ao Portal Drauzio Varella.

Os 30% restantes apresentam uma disfunção orgânica que pode ser vascular de origem arterial ou hormonal. Em menor número, também podem ser resultado de alterações na anatomia do pênis, como ocorre na doença de Peyronie

Uma das possíveis causas para o bloqueio é a ansiedade. A causa pode ser intensificada pelo medo de falhar ou inibição diante de alguém especial. Estresse e problemas financeiros também podem contribuir para a disfunção erétil. Ele ainda destaca que, quando se trata de sexualidade, o enfoque deve ser emocional, por fazer parte do relacionamento íntimo entre duas pessoas. “É de extrema importância estabelecer se o pênis funciona mal e compromete a relação ou se funciona mal porque a relação já está comprometida”, afirma.

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Envelhecimento

Embora a principal causa da disfunção erétil seja emocional, é comum relacionar o envelhecimento à impotência. De fato, a taxa de testosterona pode diminuir na terceira idade, mas não a um nível que exija reposição.

Segundo o médico, o envelhecimento não causa perda de ereção ou desejo sexual, mas varia conforme a postura de cada um. Portanto, idosos podem ter atividade sexual satisfatória com ereção, caso esteja saudável, otimista e bem-disposto. No entanto, o mesmo pode não acontecer com homens que, apesar de mais jovens, estejam deprimidos ou doentes.

Sexualidade não tem padrão. Basta lembrar que, em férias, as pessoas transam mais. Os parceiros não mudaram; mudaram o ambiente e o perfil da libido. Nessa hora, percebe-se que a sexualidade varia de instante para instante, de pessoa para pessoa. Depende do relacionamento interpessoal e faz parte da qualidade de vida do ser humano

Resistência Masculina

Muitos homens resistem a buscar ajuda médica quando o problema tem a ver com sexualidade. De acordo com Reis, isso é visto como custoso e deprimente para eles. “Em geral, os homens só tomam a iniciativa estimulados pela parceira, que nem sempre os acompanha ao consultório, mas é quem marca a primeira consulta. Eles cedem porque a relação está em jogo”, afirma. Agende uma consulta com o nosso serviço de saúde.

Tratamento

Nos casos em que a disfunção acontece por conta de uma falha nos nervos que estimulam o pênis, o tratamento indicado é a autoinjeção. “O método é indicada para diabéticos e para homens submetidos à prostatectomia radical. Ou seja, quando há retirada total da próstata em decorrência de câncer. Nos casos emocionais, a autoinjeção associada à psicoterapia também tem se mostrado eficiente”, avalia o médico.

Existe também o tratamento farmacológico que ativa o mecanismo da ereção, um dos maiores marcos da medicina em relação à sexualidade. Medicamentos para esse fim também promovem a vasodilatação e são muito eficazes. Contudo, nas lesões de inervação, causadas por diabetes, traumas de medula ou na prostatectomia, a autoinjeção tem resultados melhores.

Há ainda a opção das próteses penianas, que, em geral, são feitas de silicone e dão rigidez ao pênis, permitindo a penetração sem alterar a capacidade de ejaculação.