Estudo abre portas para combate às leishmanioses

Estudo abre portas para combate às leishmanioses

Brasil é o sétimo país do mundo mais afetado pelas duas formas de leishmanioses, doença que atinge populações mais pobres

Recém-publicado, um estudo liderado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abre portas para a produção sustentável de um método de combate aos insetos transmissores das leishmanioses. O método envolve o uso de soluções açucaradas combinadas com inseticidas borrifadas sobre plantas ou pedaços de algodão. Assim, esses preparados são usados como iscas para atrair os mosquitos-palha, transmissores das doenças.

A pesquisa aponta atividade da solução contra os parasitos Leishmania. Além disso, mostra que, quando administrada nos mosquitos, a solução reduz a quantidade dos parasitos presentes nos insetos. Assim como a longevidade dos mosquitos. Dessa forma, os pesquisadores acreditam que a fórmula pode ser aplicada em grande escala sem danos ambientais e menor risco de resistência entre os insetos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, são estimados até um milhão de novos casos de leishmaniose tegumentar e 90 mil de leishmaniose visceral. O Brasil é um dos sete países mais afetados do planeta para as duas formas do agravo. As leishmanioses afetam principalmente populações pobres, sendo associadas a condições como moradia precária, deslocamentos populacionais e desnutrição. Além disso, a infecção está ligada a mudanças ambientais, incluindo desmatamento, urbanização e construção de barragens.

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Tipos  de leishmanioses

Os parasitos são transmitidos às pessoas pela picada de fêmeas do mosquito-palha, que se infectam ao sugar o sangue de animais infectados. Na leishmaniose tegumentar, mamíferos silvestres, como preguiça, gambá, roedores e canídeos, são normalmente identificados como reservatórios. Já na leishmaniose visceral, além dos reservatórios silvestres, os cães domésticos podem ser fonte de infecção para os vetores no ambiente urbano.

As leishmanioses tegumentares geralmente provocam lesões na pele. Nos casos mais graves, as mucosas do nariz e da boca também são afetadas. Na leishmaniose visceral, órgãos internos, como fígado e baço, são atingidos e o agravo pode levar à morte. Em todos os casos, o tratamento é feito com medicamentos específicos, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

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