Estudo questiona segurança e eficácia de adoçantes

Estudo questiona segurança e eficácia de adoçantes

Veja quais foram as conclusões do novo estudo realizado a pedido da Organização Mundial de Saúde sobre adoçantes artificiais

Os populares adoçantes, cada vez mais presentes na mesa do brasileiro, podem não ajudar as pessoas a perder peso. Além disso, não há evidências suficientes sobre a segurança do seu consumo. As conclusões constam num novo estudo da empresa de pesquisas Cochrane feito a pedido da Organização Mundial de Saúde. A PROTESTE vem acompanhando esse assunto há algum tempo.

Clique aqui para ler esta matéria: Brasil assina acordo para a redução de açúcar em industrializados

O estudo foi organizado para responder às indagações da OMS sobre a segurança e eficácia do consumo de adoçantes por adultos e crianças. A conclusão é de que as evidências encontradas no estudo não são muito robustas. O trabalho levou em conta 56 diferentes estudos no assunto. No entanto, a maior parte deles era insuficiente ou inconclusiva.

A avaliação ganha importância à medida que diferentes países do mundo pressionam pela redução do uso de açúcar em produtos industrializados. O próprio Brasil assinou recentemente um acordo para a redução do consumo do alimento nesse tipo de produto.

Diferentes tipos de adoçantes foram avaliados. Foram medidos peso, glicemia, saúde bucal, câncer, doença cardiovascular, insuficiência renal humor e comportamento dos consumidores avaliados.

O trabalho também não encontrou provas concretas de grandes problemas de segurança no consumo. Por exemplo, pessoas que consomem adoçantes não tem mais propensão a ter câncer do que as demais. No entanto, os autores descreveram essa afirmação como de “baixa certeza”. Assim, estudos mais completos são necessários, dizem os pesquisadores.

Joerg J Meerpohl, co-diretor da Cochrane e um dos autores do trabalho, afirma que há alternativas melhores para as pessoas perderem peso. Elas incluem beber mais água e cortar alimentos adoçados artificialmente. Ou seja, na maioria dos casos, as pessoas não precisam adicionar nem açúcar, nem adoçante aos alimentos.