Fique de olho para não pegar herpes labial

Fique de olho para não pegar herpes labial

Uma das formas de contrair a doença é por meio do contato íntimo e troca de saliva com uma pessoa que tenha herpes labial

O carnaval chegou e, com ele, aumenta o risco de contágio da herpes labial. O vírus é um dos mais contagiosos do mundo e está alojado em 90% da população brasileira, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), divulgados na edição de fevereiro da Revista da PROTESTE. 

E ainda tem um agravante. Só é possível detectar a doença por exame de sangue específico ou quando os sintomas aparecem. Ou seja, qualquer pessoa pode ser portador do vírus sem seus sintomas terem se manifestado. 

Fique atento aos sintomas da herpes labial

De acordo com a SBD, os primeiros sintomas do vírus são um discreto ardor, coceira, sensação de agulhadas e formigamento, que surgem poucas horas antes de as lesões aparecerem. Estas são pequenas bolhas agrupadas em formas que lembram um buquê ou um cacho de uvas, com um líquido claro no interior. Há também inchaço e vermelhidão.

Quando as bolhas infeccionam, pode ocorrer mal-estar, febre e desconforto. É justamente nesse momento, em que as bolhas estão com água e ainda não secaram, que ocorre a transmissão do vírus. Embora o herpes se manifeste geralmente nos lábios, pode ocorrer em qualquer parte do corpo, como nariz, olhos, bochecha, nádegas, coxas e até nos dedos das mãos.

O tratamento sistêmico é capaz de abreviar o tempo de duração das lesões, como pode ser utilizado na prevenção de novos episódios.

Tratamento evita novos episódios

Quando tratado rapidamente, a intensidade e a duração do surto do herpes é consideravelmente reduzida. Segundo o dermatologista da SBD, Marcio Serra, em entrevista à Revista PROTESTE, o tratamento pode ser local, feito com a aplicação de cremes antivirais de aciclovir e fanciclovir, cremes cicatrizantes, associados ou não ao tratamento sistêmico com comprimidos antivirais.

“O tratamento sistêmico é capaz de abreviar o tempo de duração das lesões, como pode ser utilizado na prevenção de novos episódios. O tempo e a dose do tratamento dependem da gravidade do herpes e da frequência do retorno das manifestações”, concluiu o especialista.

Desaparecimento dos sintomas em uma semana

Em geral, os sintomas desaparecem espontaneamente em uma semana, sem que seja necessário iniciar um tratamento em pessoas com sistema imunológico normal.

Porém, ainda que seja uma virose simples, há os casos que são mais sérios e que podem desencadear sequelas permanentes no paciente. Por isso, é importante procurar um médico logo após o surgimento dos primeiros sintomas.