Máscaras continuam necessárias
Apesar do incômodo, especialmente no verão, o uso de máscaras continua sendo indispensável; a pandemia ainda não acabou.
Pode ser desconfortável, ainda mais durante o verão brasileiro, mas o uso do acessório de proteção continua sendo fundamental para a proteção do consumidor e de sua família – afinal, uma pessoa pode ter Covid sem apresentar sintomas e, sem saber, infectar outras.
“Estamos num período de exceção. Poderia ser uma guerra, com bombas caindo, e estaríamos sem banho, comendo sei lá o quê. Então, vai coçar, vai fazer calor, mas é melhor usar; não será para o resto da vida”, afirma o infectologista José David Urbaez, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
O vírus continua circulando e os números de casos estão aumentando. No início de dezembro, na cidade de São Paulo, por exemplo, o número de óbitos decorrente da Covid-19 havia aumentado 25%.
São Paulo não é uma exceção. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em todo o país os casos vêm aumentando. Além disso, ainda não foi afastado o risco de uma possível segunda onda, a exemplo do que vem ocorrendo na Europa
Por enquanto, as únicas medidas contra o vírus são o distanciamento social, limpeza e desinfecção de ambientes e objetos, higienização das mãos e o uso de máscara. De acordo com o infectologista, o uso de máscara ainda deve se prolongar por muito tempo, mesmo após a aplicação da vacina. “No mínimo, o ano de 2021 inteiro, pois, na história, não há nenhuma vacina que tenha parado um surto em semanas”, afirmou, lembrando que, mesmo usando máscaras, o distanciamento social é imprescindível.
Não vale qualquer máscara
Um alerta importante é que não é qualquer máscara que serve como barreira para o vírus. Ela deve ser descartável ou confeccionada em tecido denso, ser bem ajustada ao rosto, sem espaço nas laterais. Não pode ser compartilhada, precisa ser trocada sempre que estiver úmida e descartada quando der sinal de deterioração.
Tire suas dúvidas sobre o uso de máscaras
- A diferença entre a máscara KN95 e a N95 é o padrão de filtragem de partículas, sendo que a KN95 foi estabelecido por regulamentações chinesas e a N95, pelo governo americano. Ambas bloqueiam 95% das partículas.
- A máscara protege quem está usando e também pessoas próximas, uma vez que impede que o vírus se propague por gotículas de saliva. Para tanto, ela precisa ser usada corretamente, cobrindo o nariz e a boca. Crianças também devem usar máscaras, a partir de dois anos.
- Máscaras com válvulas de respiração não são melhores do que as comuns, pois anulam o propósito do uso do acessório, que é impedir que receba gotículas de outras pessoas ou que as jogue nelas. Porém, existem modelos com válvula que têm filtros para impedir a passagem do vírus. Antes de comprar, leia o rótulo para se certificar de que estará, de fato, protegido.
- Para a máscara fornecer uma proteção eficiente, ela deve ser de tecido com alta densidade e confeccionada em três camadas, pelo menos. O Ministério da Saúde indica cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%), algodão (100%), tecido de saco de aspirador e os antimicrobianos.
- Ao remover a máscara, lave as mãos e a retire pelo elástico, sem tocar na parte da frente (que pode estar contaminada). Em seguida, lave as mãos de novo e coloque-a de molho em água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%). Segundo orientação do Ministério da Saúde, a proporção deve ser de uma parte de sanitária para 50 de água potável. Depois de 30 minutos, enxágue-a em água corrente e lave-a com água e sabão. Deixa-a secar bem, passe-a com ferro quente e guarde-a em um saco plástico.
- Protetores faciais (face shield) não substituem a máscara, são apenas um complemento. Lenços comuns, mesmo que dobrados, também não substituem, embora sejam melhor do que nada.