Segunda onda do coronavírus ganha força no mundo

Segunda onda do coronavírus ganha força no mundo

A transmissão da Covid-19 voltou a crescer e as medidas de isolamento retornaram em diversos países; há risco da segunda onda chegar ao Brasil.

O retorno às atividades e à vida normal, na Europa, durou pouco. A chamada segunda onda do SARS-CoV-2 vem ganhando força e vários países voltaram a adotar medidas de isolamento, na tentativa de evitar um novo colapso.

Em 25 de outubro, Espanha e Itália, por exemplo, anunciaram novas ações para conter a transmissão da Covid-19. Os espanhóis passarão a ter toque de recolher, enquanto italianos retornarão às aulas virtuais (para o ensino médio) e fechamento de vários empreendimentos, como academias, além de restrições ao funcionamento de bares e restaurantes, que terão que fechar as portas às 16h. Em Portugal, no início da segunda quinzena de outubro, o nível de alerta em todo o país foi elevado com um decreto de estado de calamidade.

A França anunciou um recorde diário de casos de coronavírus, com mais de 53 mil infectados por dia, embora alguns pesquisadores considerem que esse número está subestimado e pode chegar ao dobro. Já convivendo com toque de recolher, a  perspectiva é de que nos próximos dias as restrições se tornem maiores no país para combater a disseminação da doença. O lockdown não está descartado. 

Os casos detectados também aumentaram no Reino Unido, na Polônia e na Alemanha, mas ainda não foram adotadas medidas restritivas. Nos Estados Unidos, na semana de 18 a 23 de outubro, foi registrado o maior número diário de casos de coronavírus, desde o início da pandemia. 

Segunda onda da pandemia era esperada

Essa nova fase da pandemia, na verdade, já era esperada. No entanto, ela pegou alguns governos mais preparados para lidar com a situação do que outros. Na Ásia, por exemplo, países como Vietnã, Camboja e Tailândia fizeram testagem em massa da população, além do rastreamento dos contatos dos casos confirmados. pandemiaNo Brasil, a preocupação com uma segunda onda também aumenta. De acordo com análise do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, o risco envolve todas as regiões do país, mas especialmente o Nordeste brasileiro, em função da época de férias e do relaxamento das medidas de isolamento. Afinal, considerando que a segunda onda de infecções europeia demore cerca de três meses para chegar por aqui, a previsão é que de entre o período de festas de fim de ano e a primeira semana de janeiro, justamente nas férias de verão, ocorra uma nova explosão de contaminações.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), não é o momento de reduzir as ações de controle no Brasil, pois há risco de que esse novo momento seja mais intenso do que o primeiro. Medidas de isolamento e decisão consensual sobre vacinação serão essenciais para evitar que isso aconteça. 

 

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