Por que usar medicamentos veterinários não é seguro

Por que usar medicamentos veterinários não é seguro

Anvisa alertou sobre o uso do medicamento Ivermectina, que têm sido utilizado indevidamente por pessoas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no final de outubro um alerta importante: o uso de medicamentos veterinários por humanos não é seguro. De acordo com a agência, o alerta se fez necessário após a denúncia de que o medicamento veterinário Biomectina (ivermectina 1%) tem sido contrabandeado para o Brasil para uso irregular por humanos.

Segundo o órgão, o referido produto é produzido de forma regular pela empresa farmacêutica Biofarm, com autorização e registro do Ministério da Agricultura, para uso exclusivo em bovinos. O remédio é indicado para o tratamento de várias condições causadas por vermes ou parasitas.

O princípio ativo ivermectina é um vermífugo de uso humano e veterinário. Entretanto, a concentração do ativo nos medicamentos registrados para uso humano é superior à indicada no rótulo do medicamento veterinário.

Portanto, é importante estar atento. A Anvisa ressalta que não há qualquer comprovação de que o uso do produto em questão seja seguro para humanos. Por isso, o medicamento veterinário Biomectina não deve ser consumido pelas pessoas, tendo seu uso assegurado apenas em animais, conforme autorizado pelo Ministério da Agricultura.

Não há como atestar segurança de medicamentos veterinários em humanos

A agência explicou em comunicado que esses medicamentos não foram desenvolvidos e testados em humanos, ou seja, não existem dados que atestem a segurança e a eficácia do uso dessas formulações em pessoas. Além disso, os medicamentos veterinários podem ser fabricados com requisitos de qualidade diferentes daqueles exigidos para os de uso humano.

O órgão frisa ainda que os medicamentos de uso humano devem possuir, obrigatoriamente, registro junto à Anvisa. Outra indicação é que eles só podem ser comercializados em farmácias e drogarias devidamente autorizadas pelas autoridades sanitárias. No momento do registro, a Agência analisa uma série de documentos que garantem que o medicamento possui segurança, eficácia e qualidade. Já os medicamentos veterinários são registrados e regulamentados pelo Ministério da Agricultura.

Redação