A compulsão alimentar se refere à pessoa que come grande quantidade de alimentos rapidamente, perde o controle e não consegue interromper a refeição mesmo
Por RedaçãoEm 23/08/2019 às 10:02 3minutos de leitura
A compulsão alimentar é um distúrbio sério e que necessita de acompanhamento e tratamento. Ela está associada à perda de controle. Como o ato de comer está associado à sensação de prazer, muitas vezes, comemos mais do que seria indicado para suprir as necessidades do nosso organismo.
Há indivíduos, porém, que perdem o controle quando começam a comer e são capazes de ingerir 5 mil ou 6 mil calorias numa única refeição. Segundo o psiquiatra Alexandre Azevedo, em entrevista ao doutor Drauzio Varella, o comer compulsivo é um padrão recorrente. Ou seja, acontece com frequência e está associado à perda de controle.
Índice:
O que é a compulsão alimentar?
O comer compulsivo se caracteriza pela pessoa que come grande quantidade de alimentos rapidamente, perde o controle e não consegue interromper a refeição mesmo quando se sente estufada ou plenamente saciada. Para caracterizar esse comer como doença é preciso que ocorra pelo menos duas vezes por semana.
Dessa forma, não caracteriza como compulsão alimentar se, em um dia específico, a pessoa estava com vontade de comer feijoada, sentindo prazer durante a refeição e consciente de que exagerava na quantidade.
Já pessoas que comem compulsivamente dizem que se servem a primeira vez e não conseguem parar de comer. Apesar da sensação de estufamento e saciedade, muitos continuam comendo até vomitar, porque o estômago não suporta a enorme quantidade de alimento ingerido.
Compulsão alimentar e alcoolismo são doenças semelhantes
De acordo com o especialista, no sentido da perda de controle, alcoolismo e comer compulsivo são doenças semelhantes. No entanto, a orientação de evitar sempre o primeiro gole dada para os alcoólicos não pode ser seguida pelos comedores compulsivos, pois não há como evitar a primeira refeição.
O comer compulsivo, contudo, não é um distúrbio categorizado na classificação internacional das doenças da Organização Mundial de Saúde. É visto pela Associação Psiquiátrica Americana como patologia que merece maiores estudos para ser categorizada. Dessa forma, a doença está sendo identificada apenas em adultos, na segunda ou terceira década de vida. Mas no dia-a-dia da clínica médica, já percebe-se o distúrbio em crianças.
Comedores compulsivos nem sempre são obesos
Ao contrário do que se pensa, não existem provas definitivas de que o comer compulsivo está ligado a fatores genéticos. E nem sempre são obesos. Embora seja comum encontrar comedores compulsivos com sobrepeso ou obesidade fazendo parte de famílias também com histórico de sobrepeso e obesidade, o mau hábito alimentar adquirido em casa pode ter servido de gatilho para o aparecimento da doença em vários membros dessas famílias.
A compulsão alimentar, segundo o especialista, é proporcionalmente igual nos gêneros feminino e masculino, mas as mulheres costumam procurar mais ajuda. E isso tem relação com a maior aceitabilidade social da obesidade em homens do que mulheres.
Inevitavelmente, em algum momento, a maioria de comedores compulsivos se tornará obesa ou, pelo menos, com algum sobrepeso. Isso acontece pois é improvável que a ingestão de grande quantidade de alimentos, por longo período de tempo, não se reflita no ganho de peso.
Como tratar a compulsão alimentar
Azevedo explica que hoje em dia, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, seguindo as normas da Organização Mundial de Saúde, recomenda que o tratamento para o comedor compulsivo comece pela reeducação alimentar. “Na reeducação alimentar, não se trabalha necessariamente sobre a redução de calorias diárias. Tenta-se adequar alimentos de valor calórico corretos e horários de refeição também corretos”, afirma.
Se a orientação nutricional falhar, o próximo passo é identificar fatores psicológicos. Algumas crenças e pensamentos podem estar desencadeando os episódios de compulsão. Sendo assim, o tratamento psicoterápico cognitivo-comportamental ajuda a desenvolver comportamentos que previnem o aparecimento desses episódios.
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