Ciência comprova: a massagem pode ser uma grande aliada contra a dor
Pesquisas comprovam que sessões de massagem podem reduzir dores crônicas e até relacionadas ao câncer
Você sabia que a massagem pode ser uma grande aliada contra a dor? Além de relaxar e trazer sensação de bem-estar, as massagens têm efeito positivo para a saúde. E isso é comprovado cientificamente.
Os pesquisadores explicam o instinto e a necessidade que temos de massagear a dor. De acordo com diretora do Instituto de Pesquisa do Toque da Universidade de Miami, Tiffany Field, isso é chamado de “Teoria do Portão”. A explicação foi publicada no site Elemental.
Ela explica que os receptores de pressão sob a pele transmitem informações ao cérebro mais rapidamente do que os receptores de dor. Sendo assim, se os receptores de dor e pressão estiverem sendo acionados ao mesmo tempo, os sinais dos receptores de pressão tendem a ultrapassar e em parte a mascarar os sinais de dor. Com isso, a massagem é uma maneira de ativar esses receptores de pressão. Portanto, é daí que vem o nome “fechar o portão”, já que a massagem evita que os sinais de dor cheguem ao cérebro.
A Teoria do Portão é apenas uma das explicações sobre os benefícios da massagem para a redução de dor. Muitos outros estudos comprovam os efeitos deste tipo de terapia. Um deles foi desenvolvido pela revista Pain Medicine, em 2017. O trabalho avaliou os efeitos de 10 sessões de massagem realizadas durante 12 semanas. A prática levou a quedas “clinicamente significativas” nas dores de pessoas com dor lombar crônica.
A massagem pode ser um grande aliada contra a dor?
Outras pesquisas reforçam que a massagem pode ser um grande aliada contra a dor, inclusive em pessoas com câncer e distúrbios autoimunes. A prática também pode ser muito benéfica para aqueles que têm condições de dor crônica, como a fibromialgia.
De acordo Field, a massagem pode ajudar a reduzir os níveis circulantes de hormônios relacionados ao estresse, como o cortisol, no organismo. Um estudo de 2010, realizado pelo Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, descobriu que uma única massagem de 45 minutos pode reduzir significativamente os níveis do hormônio arginina vasopressina. Ele é o responsável por contrair os vasos sanguíneos e induz a pressão alta.
A mesma pesquisa revelou que a massagem aumentou os níveis de alguns glóbulos brancos do sistema imunológico. Isso inclui aqueles que ajudam a defender o corpo do câncer, infecções e vírus.
Há também evidências de que a massagem pode acalmar a angústia mental. Algumas das pesquisas de Field, financiadas pelo National Institutes of Health, mostraram que a massagem pode reduzir também os sintomas de depressão e ansiedade em mulheres grávidas. Através da massagem, é possível aumentar os níveis dos hormônios calmantes e benéficos, que são a serotonina e a dopamina. Assim, o resultado é uma melhora significativa no humor. A massagem pode, portanto, ajudar a combater a depressão. Além disso, oferece muitos benefícios ao sistema imunológico.