Green Deal e consumo sustentável: entenda essa relação
O Green Deal, ou tratado verde, é o novo pacto europeu para reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas; as medidas também afetam o consumo.
No ano passado, a Comissão Europeia divulgou um pacote com 50 medidas para garantir a preservação ambiental do continente. As metas do acordo, denominado Green Deal, vão desde a redução das emissões até o investimento em boas práticas para preservação do ambiente, na Europa.
Neste mês, em que comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, a PROTESTE também tem a preocupação de trazer o tema para discussão no Brasil. Por isso, a capa da revista do mês de junho aborda o consumo sustentável. Além disso, a publicação traz também o lançamento da campanha Approved by Tomorrow, desenvolvida pelo grupo Euroconsumers, que aborda a tendência de sustentabilidade no consumo.
Além disso, ao longo de todo o mês, a PROTESTE realizará várias lives abordando questões como consumo responsável, sustentabilidade e escolhas conscientes. Siga nossas redes sociais para ficar por dentro de nossa programação. Estamos no Instagram, Facebook, LinkedIn e YouTube!
Entenda o que é o Green Deal na Europa
A ideia é reduzir a poluição e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento sustentável das nações europeias. Assim, as medidas incluem incentivos para o uso de energia limpa e renovável, apoio à mobilidade sustentável e estímulos para as indústrias que adotarem boas práticas ambientais.
Dentro dessa esteira de mudanças, certamente o comportamento dos consumidores será afetado. Afinal, cada vez mais os produtos fabricados por empresas social e ambientalmente responsáveis serão valorizados. Isso afetará as produções locais e também as mercadorias importadas de outros países.
Conheça melhor as metas do Green Deal
- Indústria sustentável: as empresas receberão incentivos para colocar em prática o conceito da economia circular (com melhor reaproveitamento de resíduos) e zerar as emissões.
- Construções que priorizem o uso de energia renovável, como solar e eólica.
- Alcançar 55% de descarbonização, até 2030. Para tanto, serão necessários investimentos em eficiência energética e uso de fontes renováveis.
- Mobilidade sustentável, promovendo o uso de transportes públicos e privados mais eficientes e limpos.
- Proteção da biodiversidade, com regras para preservação dos ecossistemas locais.
- Produção sustentável de alimentos, baseada em tecnologias mais eficientes de cultivo e fabricação, além de valorização de itens regionais e orgânicos.
- Comportamento de consumo mais consciente, para reduzir o descarte de resíduos e minimizar a poluição ambiental.
- Reciclagem de profissionais que serão afetados diretamente pelas mudanças.
O que o Green Deal europeu pode ensinar para o Brasil?
Embora as mudanças na Europa ainda estejam em curso e o cronograma tenha sido afetado pela pandemia da Covid-19, o cumprimento das metas é fundamental para garantir a redução dos impactos das atividades comerciais, industriais e urbanas ao meio ambiente.
O Brasil poderá ser afetado pelas restrições à importação de produtos agrícolas oriundos de áreas de desmatamento. As empresas que importarem produtos de regiões onde ocorre destruição dos recursos naturais poderão ser responsabilizadas também pela negligência em suas relações comerciais.
Mas, além desse aspecto, o Green Deal pode contribuir para estabelecer entre os brasileiros novos hábitos de consumo. Entre eles, a preocupação de comprar de empresas social e ambientalmente responsáveis, que geram empregos e riqueza para suas regiões e que preservam os recursos naturais.
Além disso, a chamada economia circular deve ganhar destaque. Na prática, isso significa o descarte responsável de produtos. Por exemplo, se os consumidores destinarem os resíduos plásticos para reciclagem, deixarão de sobrecarregar os aterros e ainda contribuirão para a geração de renda de cooperativas de catadores e fornecerão insumos para a indústria de transformação.
