Terceira idade requer cuidados médicos específicos

Terceira idade requer cuidados médicos específicos

Idosos têm particularidades como doenças críticas e fragilidades que precisam ser levadas em consideração no cuidado médico

Os idosos têm particularidades bem conhecidas – mais doenças crônicas e fragilidades, mais custos, menos recursos sociais e financeiros. Por isso mesmo, precisa de cuidados adequados para essa faixa de idade. E a medicina tem papel fundamental nesses cuidados. Um atendimento médico que leve em consideração essas especificidades deve ser uma das prioridades no país. Saiba mais sobre medicina e envelhecimento.

De acordo com Renato Peixoto Veras e Martha Oliveira, do Instituto de Medicina Social da Uerj, a atual prestação de serviços de saúde fragmenta a atenção ao idoso. São múltiplas consultas com especialistas, informações não compartilhadas entre eles, diversos remédios e exames, entre outras coisas. Tudo isso, segundo eles, sobrecarrega o sistema a provoca forte impacto financeiro em todos os níveis. Além de não gerar benefícios significativos para a saúde, nem para a qualidade de vida.

“Um dos problemas da maioria dos modelos assistenciais vigentes decorre do foco exclusivo na doença. Numa doença crônica já estabelecida o objetivo não deve ser a cura, mas a busca da estabilização do quadro clínico e o monitoramento constante”, afirma os especialistas em artigo científico publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva.

Para os autores, o sistema deve fazer um esforço para manter os níveis de atenção ao idoso nos patamares mais básicos. Ou seja, acolhimento, ambulatório clínico e atenção domiciliar. Nos casos mais graves, os médicos devem fazer um esforço para levar os idosos aos níveis iniciais de atendimento. “O ideal é que 90% dos idosos fiquem nos níveis mais básicos de atendimento”, apontam.

Brasil não está preparado para o envelhecimento

Apesar da criação de políticas voltadas para essa camada da população, como o Estatuto do Idoso, instituído em 2003, a velocidade do envelhecimento tem superado a implementação de ações para oferecer melhores condições de vida à terceira idade.

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“O processo é muito rápido, e as políticas públicas não têm acompanhado isso. Viver em uma sociedade com muito mais idosos do que crianças requer um planejamento intenso”, diz o médico geriatra Luiz Roberto Ramos, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em matéria publicada na Agência Brasil.

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