Leite integral: A PROTESTE conta para você qual é o melhor
PROTESTE testou lotes de 19 marcas de leite integral e indicou qual é o melhor leite integral, unindo preço e qualidade
Qual é o melhor leite integral disponível no mercado? Para responder a essa pergunta, a PROTESTE testou lotes de 19 marcas de leite integral disponíveis no mercado brasileiro. E avaliou qual é a melhor, levando em conta preço e qualidade.
O teste avaliou as marcas Aurora, Barra Mansa, Cemil, Elegê, Glória, Godam, Italac, Itambé, Itaocara, Ibituruna, Leco, Ninho, Nilza, Parmalat, Piracanjuba, Porto Alegre, Quatá, Qualitá e Total-Regina.
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Os testes foram realizados por laboratório devidamente credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os resultados refletem o lote testado.
Para isso, os produtos foram adquiridos anonimamente nos mercados, da mesma maneira que um consumidor realiza. Dessa forma, a PROTESTE visou garantir independência nos resultados do teste.
Clique aqui para ver os lotes testados e as legislações que a PROTESTE se baseou.
Metodologia utilizada
Para chegar ao resultado, o teste avaliou alguns parâmetros. Um deles é a rotulagem, onde a avaliamos se as informações dos rótulos respeitam a legislação e se orientam o consumidor adequadamente. Entre os itens verificados nesse parâmetro estão peso líquido, legibilidade das datas de fabricação, validade e do lote e advertência sobre a presença de lactose, glúten e alergênicos.
Outro fator estudado foram as análises microbiológicas. Nesse caso, verificamos se havia a presença de bactérias mesófilas – bactérias que podem causar graves toxinfecções alimentares, além de modificar o sabor, aroma e o aspecto do leite. O teste considerou ainda as análises físico-químicas, no qual investigamos o teor de proteínas, gorduras, lactose, sódio, aflatoxina e a possível adição de substâncias características de fraude.
Além disso, realizamos a análise sensorial, promovida de acordo com o procedimento “ABNT NBR ISO 11136:2016 – Análise sensorial – Metodologia – Guia geral para condução de testes hedônicos com consumidores em ambientes controlados”, elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Análise Sensorial (ABNT/CEE-174). Esta norma estabelece métodos para medir, em um ambiente controlado, o grau em que os consumidores gostam ou gostam relativamente de produtos.
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Resultados dos leites UHT foram satisfatórios
Vale ressaltar que, para ser considerado UHT (Ultra High Temperature), o leite passa por uma ultrapasteurização. Isso significa que ele é homogeneizado a uma temperatura superior à usada na pasteurização e, depois, envasado. Assim, há a destruição dos micro-organismos, permitindo que as propriedades do leite sejam conservadas por mais tempo sem refrigeração (daí vem o termo “longa vida”).
Mas a cadeia produtiva do leite é um sistema complexo e abrangente. Por isso, as etapas de produção, processamento e distribuição podem provocar alterações que comprometam as propriedades do produto final.
Vamos então aos resultados. O teste apontou bons resultados tanto em qualidade quanto em segurança alimentar, mesmo tendo sido verificadas divergências em teores de gorduras de alguns leites. Além disso, os preços dos produtos foram considerados acessíveis e em conta.
Rotulagem teve avaliação majoritariamente positiva
De um modo geral, as marcas receberam boas avaliações em rotulagem, trazendo informações obrigatórias e aquelas que a PROTESTE julga importante. Todos os lotes dos leites apresentaram modo de conservação, indicação de uso, lote, data de fabricação e data de validade, o que ajuda o consumidor a entender corretamente as orientações do fabricante.
Porém, as marcações de alguns leites (Barra Mansa, Cemil, Elegê, Itaocara, Nilza e Total) não estão localizadas nas áreas indicadas. Além disso, todos os leites trouxeram a expressão “contém lactose” na embalagem, exceto o lote da marca Itaocara. Essa informação é obrigatória, segundo resolução da Anvisa (RDC n° 136/2017). Em relação ao alerta de alergia, o lote da marca Barra Mansa apresentou a expressão “alérgicos: contém lactose”.
A PROTESTE destaca que o termo pode confundir o consumidor, uma vez que a alergia é uma reação imunológica às proteínas do leite de vaca e de seus derivados, enquanto a intolerância à lactose envolve o sistema digestivo. No caso de leite integral UHT, a expressão correta seria: “CONTÉM LACTOSE. ALÉRGICOS: CONTÉM LEITE”.
Outro ponto considerado é a questão dos estabilizantes, que são compostos químicos usados antes do processo de ultrapasteurização do leite, para que as características do produto sejam mantidas as mais próximas do seu estado original. Com base nas informações das embalagens dos lotes, observamos que todos os leites possuem estabilizantes, exceto o Ninho. Ele destaca na embalagem a ausência de estabilizantes com o uso de frases do tipo “aqui não têm estabilizantes” e “leite de qualidade superior não precisa de estabilizantes”.
Entretanto, como a legislação permite o uso de estabilizantes, não vemos vantagens com essas informações. Até porque o uso de desses destaques pode induzir o consumidor a pensar que os leites que contém estabilizantes possuem uma qualidade inferior aos outros que não possuem.
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6 produtos não deveriam ser considerados integrais
Já na composição nutricional, o principal aspecto analisado foi o teor de gordura. Para o leite ser considerado integral, ele deve ter um teor de gordura maior que 3%, enquanto que o leite semidesnatado deve apresentar um teor entre 0,6% e 2,9% e a versão desnatada, no máximo 0,5%.
Nesse quesito, seis marcas não apresentaram a concentração esperada para leite integral. São elas: Elegê (2,8%), Godam (2,7%), Itambé (2,8%), Ibituruna (2,8%), Piracanjuba (2,7%) e Porto Alegre (2,7%). Dessa forma, na avaliação do teor de gordura, verificamos que esses leites deveriam ser considerados semidesnatados e não integrais.
No que se refere à presença de lactose e sódio, todos se saíram bem. Já em relação à presença de bactérias mesófilas, identificamos a presença nos lotes das marcas Barra Mansa e Itaocara, porém não foi suficiente para interferir na qualidade dos leites.
Além disso, nenhum produto apresentou contaminação de substâncias químicas tóxicas por fungos (as micotoxinas), como a aflatoxina M1, que representa riscos à saúde, por estar associada ao câncer hepático. E também não foi identificada a adição de substâncias características de fraude, como formaldeído e água, por exemplo.
Por fim, na análise sensorial, as marcas Ibituruna, Aurora, Italac, Parmalat, Porto Alegre e Ninho tiveram a melhor avaliação global, posicionadas em “gostei um pouco”, enquanto o Barra Mansa recebeu a menor nota no critério, em “desgostei um pouco”.
Qual é o melhor leite integral?
O leite integral da marca Italac foi considerado o Melhor do Teste. Tivemos ainda mais 13 marcas com excelente qualidade e três com boa qualidade. Aqueles que quiserem pagar um pouco a menos, comprando produtos tão bons quanto o Melhor do Teste por um preço menor, podem optar pela marca com o título de Escolha Certa, que ficou com o leite integral da marca Aurora.
Se quiser saber mais sobre a sua marca favorita e as outras testadas, veja mais no nosso comparador exclusivo de leite integral UHT. Nele, você terá acesso a avaliação de cada leite testado, bem como um indicador de qualidade para você poder consumir o produto com mais tranquilidade.