O exame para citomegalovírus deu positivo, e agora?
Embora não seja muito conhecido, o citomegalovírus é bastante comum e sua presença é detectada pelo exame de IgG; mas ele pode ser perigoso para os fetos
O citomegalovírus, conhecido também pela sigla CMV, é um vírus da família do herpes. É ele o responsável pela infecção citomegalovirose. O portal do doutor Drauzio Varella explica que, embora não seja muito conhecido, o vírus é extremamente comum. Por isso, é difícil não ter contato com ele ao longo da vida.
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Para se ter uma ideia, 80% da população já teve contato com o citomegalovírus. No entanto, na grande maioria das vezes, as manifestações clínicas da doença são inexistentes ou muito discretas. Os sintomas geralmente são febre baixa e mal-estar.
Porém, quem se infecta passa a ter o vírus pelo resto da vida. Com isso, caso haja queda da imunidade, ele pode se reativar e provocar sintomas.
Riscos na gravidez
Embora os sintomas sejam leves na maioria das vezes, o vírus pode ser perigoso para os fetos. De acordo com o “Journal of Prenatal Medicine”, de 5% a 15% dos bebês infectados podem desenvolver sequelas. Nesses casos, pode haver perda auditiva, atraso no desenvolvimento psicomotor e deficiência visual.
A transmissão pode acontecer da mulher grávida para o feto durante a gestação ou para o recém-nascido durante o parto. Por isso, é de praxe que sejam realizados alguns exames específicos durante o pré-natal, para identificar a presença do vírus.
Os mais comuns são os exames sorológicos denominados IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M). Ou seja, IgG positivo significa que a pessoa possui anticorpos do tipo imunoglobulina G, e daí se deduz que ela já foi exposta a vírus que provocaram a criação de tais anticorpos.
Entretanto, a gestante não precisa se assustar nesses casos. Ao identificar o IgM positivo, a gravidez ser acompanhada de perto com ultrassons, exames de imagem do crânio e do abdômen. Quanto ao combate da infecção, a medicação deve ser analisada caso a caso.
Após o nascimento, outros exames devem ser realizados, para identificar se o bebê está com o vírus ativo. A orientação fundamental, portanto, é fazer o pré-natal com disciplina e seguir todas as recomendações obstétricas.