Oba!Cake: da medicina para os doces veganos

Oba!Cake: da medicina para os doces veganos

Dona da Oba!Cake decidiu investir no empreendedorismo alimentar quando se deparou com a alergia dos filhos

Foi fazendo e aprendendo, em um constante jogo de tentativa, acertos e erros, que a médica Ana Paula Roenick Guenka substituiu os diagnósticos clínicos pelo ponto certo das receitas de suas delícias veganas. Desde o ano passado, o CNPJ do consultório foi alterado pelo da Oba!Cake, negócio de doces veganos voltado para pessoas que buscam alimentação saudável ou apresentam algum tipo de alergia alimentar. Essa, aliás, foi a motivação para que ela empreendesse no setor de alimentação.

“Não consigo falar da minha empresa sem falar da minha vida particular”, diz a dona do Oba!Cake. “Tudo começou com o diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca, ovo, soja, carne bovina e a recomendação de não introdução de nuts para o meu filho mais velho, que tinha 10 meses de idade”, conta Ana Paula. A necessidade de encontrar um bolo saboroso e confeitado para a festa de dois anos de Enzo fez com que Ana Paula investisse em cursos pela internet.

A iniciativa deu tão certo, que as encomendas de doces veganos chegaram e não pararam de crescer. “Com dois filhos pequenos e trabalhando como médica, eu fazia bolos de madrugada”, lembra. Um ano após a chegada do segundo filho, ela decidiu se dedicar exclusivamente à confeitaria. Da cozinha de casa, o negócio migrou para a cozinha de um apartamento vazio e, em seguida, para uma loja no UpTown, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. “Quando contratamos um arquiteto e vimos a burocracia e os requisitos para a montagem de uma cozinha de acordo com a legislação decidimos comprar o imóvel e não mais alugar. O investimento seria muito alto”, diz ela, que segue com as obras.

Da cozinha à loja própria

Hoje, Ana Paula conta com dois sócios e uma confeiteira. “Nossa busca é ir para uma área comercial, ter código de barras, rotulagem e certificar que o meu produto realmente é livre de substâncias que possam fazer mal a quem tenha restrições alimentares”, diz.  É um trabalho árduo, burocrático e que envolve desde planejamento comercial até uso correto de utensílios. “Como sou médica, consigo ter uma visão mais especializada sobre a questão da alergia. Não basta não usar ovos na receita, por exemplo, e não se certificar que a esponja de lavar os utensílios teve contato com alguma substância que provoque alergias”, alerta.

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