Vacinas contra Covid são alvo de fake news

Vacinas contra Covid são alvo de fake news

Várias fake news sobre as vacinas contra o coronavírus circulam pelas redes sociais e mensagens de WhatsApp; fique atento e não compartilhe desinformações!

No início de novembro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou a previsão de que as primeiras doses da vacina da Universidade de Oxford contra a Covid-19 devem ser aplicadas no Brasil até março de 2021. Os testes com essa vacina começaram em junho, no Reino Unido.

Além da vacina de Oxford, em parceria com a farmacêutica Astrazeneca, voluntários brasileiros já receberam doses da empresa chinesa Sinovac, da alemã Biontech em parceria com a Pfizer e da belga Janssen, braço da Johnson&Johnson. Dois desses estudos têm acordo de transferência de tecnologia com o Brasil, o que garante a produção nacional da vacina, caso elas se mostrem eficazes.

No entanto, enquanto a comunidade científica do mundo inteiro tenta produzir uma vacina eficaz para imunizar toda a população contra o novo coronavírus, a desinformação aumenta. Vários vídeos, supostos áudios e mensagens compartilhadas em redes sociais contribuem para espalhar fake news relacionadas ao tema. Em setembro, por exemplo, informações falsas sobre as vacinas foram um dos assuntos mais compartilhados na internet. 

Desinformação é um problema mundial, diz OMS

A desinformação pode levar muitas pessoas a integrarem movimentos contra a vacinação, o que representa um grande risco, ainda mais diante da perspectiva de uma segunda onda da doença chegar ao Brasil. Aliás, o problema não acontece apenas no Brasil; a própria Organização Mundial da Saúde já considerou que a hesitação sobre vacinar ou não é um problema mundial. 

No Brasil, o Ministério da Saúde já mantém a página Saúde sem Fake News há cerca de dois anos. Além de informações confiáveis sobre a doença e dados atualizados, nessa página é possível esclarecer diversas dúvidas sobre boatos envolvendo doenças e ações das instituições. Sobre vacinas (qualquer uma, não necessariamente para combater a Covid), uma das principais dúvidas da população é se elas podem causar autismo. E a resposta, claro, é negativa.

Vacinas contra Covid e fake news

Apesar de todo o trabalho dos pesquisadores e das ações para esclarecimento, ainda existem muitas dúvidas sobre a vacina para combater o novo coronavírus. 

As notícias falsas chegam a beirar o absurdo, conforme alerta a União Pró-Vacina, da USP de Ribeirão Preto (SP), que destacou uma das principais fake news sobre o tema: de que a vacina poderia causar alterações genéticas nos indivíduos. Outros boatos também completamente inverossímeis seriam de que as vacinas contêm nanopartículas para controle social ou que seriam produzidas a partir de fetos abortados. 

O grupo de estudos da USP destaca que a desinformação tem um potencial extremamente danoso para a sociedade, podendo abalar a credibilidade não somente das vacinas contra Covid-19, mas de qualquer vacina, o que aumenta o risco de doenças já erradicadas voltarem.

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Vacinação é segura

De acordo com o Ministério da Saúde, todas as vacinas disponibilizadas no Programa Nacional de Imunizações passam pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que obedece aos parâmetros internacionais para avaliar segurança, imunogenicidade e eficácia. E isso não será diferente no caso da vacina contra a Covid-19.

Além disso, uma vez incorporada no Calendário Nacional de Vacinação, antes de ir para o posto de saúde a vacina passa por uma avaliação criteriosa do Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), que realiza ensaios laboratoriais para o controle de qualidade de produtos com interesse para a saúde. Portanto, não acredite em falsas notícias e, antes de compartilhar qualquer conteúdo que possa ser uma fake news, busque informações em fontes confiáveis.

A desinformação pode levar a decisões erradas de consumo. Se precisar, reclame com a ajuda da PROTESTE! CONHEÇA O RECLAME arrow_right_alt