Estresse crônico faz mal à pele e causa diversos problemas

Estresse crônico faz mal à pele e causa diversos problemas

Em casos de estresse crônico, é possível o agravamento de doenças como dermatite atópica, psoríase e urticária.

O estresse faz mal à pele? Primeiro, é importante lembrar que o estresse é um mecanismo fisiológico, uma defesa natural do organismo que nos ajuda a sobreviver. Ele provoca a liberação de mediadores químicos, como a adrenalina, que nos faz reagir com mais eficiência a situações de perigo, por exemplo.

Porém, quando o estímulo se torna crônico, ele pode causar muitos danos à saúde, inclusive à pele. Isso acontece porque o estresse pode provocar excesso de cortisol. Em doses elevadas, o hormônio é capaz de afetar o sistema imunológico e provocar ou agravar uma série de enfermidades.

Quais males o estresse causa à pele

  • Dermatite Atópica: Processo inflamatório que causa lesões avermelhadas na pele que coçam muito e podem descamar. Pode estar relacionada a doenças como bronquite, asma e rinite. Além do estresse e tensão emocional, outros fatores como frio intenso, ambientes muito secos, tecidos de lã, calor e transpiração são gatilhos das crises.
  • Psoríase: Doença inflamatória crônica caracterizada por escamas e manchas secas, que geralmente se formam nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Em 30% dos casos, é provocada por fator genético. A psoríase é agravada principalmente por estresse, exposição ao frio e álcool.
  • Urticária: Irritação cutânea que pode surgir de repente em qualquer região do corpo. Pode ser aguda, quando dura menos do que 6 semanas e não deixa cicatrizes. Também pode ser crônica, quando permanece por um longo período, podendo durar meses ou anos. O estresse não é a causa principal da urticária, no entanto, pode piorar os sintomas.
  • Vitiligo: Redução ou falta de melanina (pigmento que dá cor à pele) em diversas regiões do corpo, onde surgem manchas brancas. O estresse é um fator comum em pacientes com vitiligo, podendo desencadear o início da doença caso a pessoa já tenha predisposição genética.

Vale lembrar que é comum que pessoas com doenças de pele sofram preconceito e até afastamento social. No entanto, nenhuma das doenças mencionadas acima é contagiosa.

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E  como posso melhorar o estresse?

O estresse atinge as pessoas de diferentes formas. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais de que ele pode estar fazendo mal à saúde, Desse modo, observe os comportamentos que fogem do padrão habitual. Alguns sinais são importantes, como dificuldade para dormir, ou dormir a noite inteira e acordar sem se sentir descansado; falta de energia para fazer as atividades do dia a dia; e irritação exagerada, em especial com os outros. Em muitos casos, é alguém que convive com a pessoa que costuma alertá-la de que algo não vai bem.

Para driblar o problema, é preciso identificar a causa do estresse. Desse modo, a recomendação principal é se afastar do problema. Se não for possível, é necessário buscar uma forma de lidar com a situação. Medidas que ajudam a desestressar incluem dormir bem, fazer terapia, ter momentos de lazer, praticar atividade física (mas sem a cobrança por um desempenho profissional) e investir tempo em hobbies que não estejam ligados ao trabalho do dia a dia.

Além disso, é importante ter em mente que não se deve fazer nenhuma automedicação e nem abusar do álcool como forma de se anestesiar e ocultar os problemas. Se as ações mencionadas não forem suficientes para relaxar, procure ajuda especializada.

Com informações do Portal Dráuzio Varella.