Hormônios para emagrecer: saiba como ativar ou desativar
Em um processo de emagrecer ou ganhar peso, muitas pessoas podem precisar regular os hormônios. Saiba aqui como eles estão ligados às mudanças no corpo humano
Os hormônios desempenham um papel fundamental no funcionamento do corpo humano. Cada um deles é responsável por um trabalho muito particular. Existem, inclusive, os hormônios para emagrecer.
A regra geral do emagrecimento diz que é necessário ter déficit calórico para que tenha a perda de peso e redução de medidas. Isso é possível com uma alimentação saudável e equilibrada, exercícios físicos regulares e orientação médica. No entanto, os níveis hormonais também podem estar relacionados com a dificuldade para emagrecer. Por isso, para eliminar os quilinhos a mais, é necessário saber como andam seus hormônios para ter um bom funcionamento do metabolismo.
Confira neste artigo mais detalhes sobre o que são hormônios e os que podem interferir no peso:
O que são hormônios?
Para começar, os hormônios são produzidos pelas glândulas localizadas em todo o corpo e formam o sistema endócrino. Os hormônios são substâncias que possuem diferentes funções no corpo humano. Existem as substâncias responsáveis pelo crescimento, pelo bem-estar, pelo ciclo menstrual, pelo ganho ou perda de peso, pela saúde mental e muitos outros.
Por isso, é sempre importante fazer exames de rotina para verificar se tudo está funcionando corretamente. Desse modo, para manter todos eles equilibrados, opte por uma vida saudável, boa alimentação, bons hábitos e exercícios regulares.
Os hormônios que influenciam no ganho de peso e no emagrecimento
Como dito acima, os hormônios ficam equilibrados quando a pessoa tem uma vida saudável e não possui problemas de saúde que alteram os níveis hormonais. Por isso, é sempre importante procurar um médico ao sentir algo diferente em seu corpo.
Desse modo, alguns hormônios podem estar relacionados com o ganho ou perda de peso, quando estão em desequilíbrio ou não. Saiba mais sobre cada um:
Grelina
O Ghrelin, ou grelina, é o hormônio responsável por avisar que estamos com fome. Ele envia uma mensagem ao seu cérebro que é hora de comer. O fato interessante é que a redução da ingestão calórica estimula a produção de grelina.
Por isso, mesmo após 12 meses de dieta hipocalórica, seu nível ainda é alto. Essa é uma das razões pelas quais dietas de baixa caloria não funcionam a longo prazo. Nosso corpo simplesmente não se acostuma com isso.
Diminuir o nível desse hormônio pode ajudar a emagrecer. Para isso, uma boa opção são os exercícios cardio intensivos. Corrida, musculação, boxe, campo de treinamento são alguns deles. A ideia é fazer com que a frequência cardíaca suba até um determinado nível.
Como saber qual o nível? Se você está respirando pesadamente e ainda consegue falar, mas não consegue cantar, provavelmente sua frequência cardíaca está no nível certo.
Leptina
Felizmente, nosso corpo também produz hormônios que dizem ao cérebro para usar mais calorias e comer menos. A leptina é uma delas. Esse hormônio é produzido pelas células adiposas, o que significa que, quanto mais gordos somos, mais leptina temos.
No entanto, após um certo ponto, nosso corpo obtém o que os especialistas chamam de resistência à leptina. Ou seja, uma condição em que o cérebro não consegue ler o sinal da leptina.
A solução é simples. Os alimentos ricos em antioxidantes aumentam a sensibilidade à leptina. Perder peso tem o mesmo efeito. Por isso, quanto mais peso você perde, mais forte é o efeito da leptina. A leptina é, portanto, um dos hormônios para emagrecer.
Insulina
Outro hormônio fundamental para nosso bem estar é a insulina. Ela regula os níveis de açúcar no sangue e nos ajuda a recuperar dos exercícios. Desse modo, o corpo libera insulina quando ingerimos carboidratos e ajuda as células a absorver glicose.
Essa glicose é usada para energia. Porém, se conseguirmos mais glicose do que precisamos, as sobras se transformarão em gordura.
A solução é obter a maioria dos carboidratos de grãos, vegetais e frutas com baixo índice glicêmico (IG). Quanto menor o IG, mais lenta a glicose é liberada e mais tempo temos para usar tudo.
Isso não significa que você deve seguir uma dieta rigorosa. Basta substituir alimentos com alto IG por alimentos com baixo teor. Por exemplo, o arroz branco pode ser substituído por arroz integral ou aveia instantânea por aveia em flocos tradicional.
Glucagon
Já o glucagon, é um hormônio que funciona exatamente da maneira oposta à insulina. O glucagon ajuda a quebrar os carboidratos e gorduras armazenados e os usa como energia. Por isso, os níveis altos desse hormônio ajudam a emagrecer.
Alimentos ricos em proteínas e pobres em carboidratos são a melhor maneira de aumentar os níveis de glucagon. Peixe, carne, frutos do mar, tofu e nozes são algumas das opções.
Adiponectina
Para aumentar os níveis de adiponectina, basta se mover mais durante o dia. Também é importante manter uma dieta com gorduras monoinsaturadas, como peixe, nozes, abacate e azeite. Comer carboidratos de baixo IG no jantar também aumenta a produção de adiponectina.
Cortisol
O hormônio cortisol tem a função de controlar o estresse, seja físico ou emocional, no corpo humano e estimula os batimentos cardíacos. Ele é produzido nas glândulas drenais ou suprarrenais. Quando está elevado, o cortisol pode aumentar a vontade de comer doces e carboidratos refinados.
Desse modo, a forma natural de reduzir a produção de cortisol é reduzir o nível de estresse. A pessoa precisa relaxar, o que pode acontecer com uma atividade prazeroso em sua rotina e até exercícios físicos. Além disso, a pessoa pode melhorar a qualidade do sono para ter os níveis deste hormônio reduzidos.
GH
O hormônio GH está relacionado com o crescimento, seja na altura da pessoa e também em seus músculos. Ele é produzido na hipófise, que é uma glândula que fica no cérebro, e age no tecido muscular.
Assim, para manter o seu nível adequado, a pessoa precisa fazer exercício físico regular e ter boas noites de sono.
Melatonina
A melatonina é o hormônio que é relacionado com o sono, pois sua produção é noturna e sua função é reparar as células e participar do metabolismo. A falta de sono afeta o emagrecimento e também a produção de outros hormônios importantes, como grelina, testosterona, GH e cortisol.
Por isso, a dica para manter os níveis de melatonina adequados de forma natural é organizar sua rotina do sono. Tente sempre dormir no mesmo horário e faça uma rotina do sono tranquila, sem acesso a aparelhos celulares e computadores na hora de dormir, reduzir o ritmo e relaxar.
T3 e T4
Os hormônios T3 e T4 são produzidos na glândula tireoide, localizada no pescoço, e têm a função de regular o corpo, desde os batimentos cardíacos até a temperatura corporal. Os níveis desregulados afetam o gasto calórico no corpo humano.
Por isso, para cuidar deste hormônio de forma natural, a dica é manter uma alimentação saudável e rica em magnésio, aminoácidos e selênio. Estes nutrientes podem ser encontrados no trigo, na carne, no leite, no ovo e nas oleaginosas.
Alterações hormonais
Com tantos hormônios no corpo humano, algumas pessoas podem apresentar alterações hormonais. Isso acontece quando algo está em desequilíbrio, levando a uma falta ou excesso de algum tipo de hormônio.
As alterações hormonais podem ter diversas causas, como estresse, diabetes, distúrbios nas glândulas, gravidez, menopausa, síndrome dos ovários policísticos e má alimentação. A partir disso, as pessoas podem apresentar alguns sintomas, entre eles: fadiga, ganho ou perda de peso, queda de cabelo, infertilidade, problemas de pele, mudanças no ciclo menstrual, mudanças no humor e falta de apetite.
O tratamento deste tipo de problema de saúde deve ser orientado por um médico, que pode ser endocrinologista, ginecologista ou urologista. A regulação dos hormônios pode ser feita por meio de mudanças de hábitos, alimentação balanceada e suplementação. No entanto, tudo deve ser feito sob prescrição médica. Por isso, sempre mantenha os seus exames em dia e procure ajuda médica sempre que sentir algo de diferente.
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Texto atualizado em 30 de março de 2024.