Sete marcas de azeites extravirgens são reprovadas em novo teste

Testamos quase 70 marcas em laboratório e continuamos a encontrar produtos fraudados. Veja agora os resultados e não seja mais enganado!

 

Muita gente adora o sabor que o azeite proporciona à comida, mas esse alimento milenar tem um poder que vai muito além de agradar o paladar.

Além de saboroso, o produto é extremamente benéfico à saúdequando consumido da forma correta.

Preocupados com essa questão, temos percorrido, durante mais de 15 anos, uma trajetória de lutas para que o produto que você leva para sua casa seja realmente um legítimo azeite de oliva extravirgem.

Em 2018 não poderia ser diferente: reforçamos, mais uma vez, nosso compromisso em verificar a qualidade dos azeites extravirgens comercializados em nosso país e se eles atendem a legislação vigente.

Para isso, levamos quase 70 marcas a laboratórios acreditados pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e pelo Conselho Oleícola Internacional (COI).

Lá, testamos as marcas com maior representatividade no mercado brasileiro e aquelas sugeridas em testes anteriores por vocês, consumidores e também pelos nossos associados.

Nosso comparador de azeites já foi atualizado com novas marcas. Clique aqui e confira as novidades!

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Entenda quando um azeite é considerado fraudado

Através de análises complexas, avaliamos a presença de fraudes e a autenticidade dos produtos, de acordo com padrões preconizados pela legislação.

É de extrema importância que você entenda por que as marcas foram reprovadas.

Em geral, as empresas adicionam ao azeite, o azeite “lampante” (não refinado) e outros óleos de sementes oleaginosas, como a soja, o que descaracteriza o produto – que deve ser extraído exclusivamente da azeitona.

Cabe lembrar que, o azeite lampante tem cheiro forte e acidez elevada (extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas) e, portanto, não deve ser destinado à alimentação.

18 azeites apresentaram problemas

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Desta vez, 18 produtos avaliados apresentaram irregularidades em nossa análise – clique aqui para conhecer os azeites reprovados e não recomendados para compra.

Esses produtos, que não estavam em conformidade com a legislação, podem ser divididos em duas categorias:

  • Fraudados – produtos reprovados, de acordo com análises laboratoriais específicas, por apresentar indícios da adição de outros óleos vegetais e que não podem ser considerados como azeites. Marcas como Barcelona, Faisão Real, Borgel e Olivenza, dentre outras, foram enquadradas nesse quesito.
  • Fora de Tipo – azeites que, não foram considerados extravirgem pela análise sensorial, sendo enquadrados em categorias inferiores (virgem e lampante). Para não haver margens de dúvidas, o mesmo lote do produto foi avaliado por três painéis sensoriais reconhecidos pelo COI e que devem ser unanimes na avaliação.

Sendo assim, por não terem boa qualidade, esses produtos não têm sua compra recomendada. Prezunic, Camponês e Estoril são algumas das marcas classificadas  nessa categoria.

Neste teste, foram encontrados sete produtos fraudados e onze fora de tipo. Clique aqui e acesse nosso comparador.

Nossos testes são acreditados pelo Mapa e pelo COI

Nossa avaliação incluiu ainda a análise da rotulagem, da acidez, da qualidade e do estado de conservação dos produtos.

Os testes foram realizados por laboratório devidamente acreditado pelo Ministério da Agricultura e pelo Conselho Oleícola Internacional e seguiu a metodologia e a legislação aplicáveis.

Veja aqui como fizemos o teste

A cada teste, nos preocupamos em utilizar o lote disponível para venda no mercado. Dessa forma, os resultados refletem a qualidade do produto adquirido naquele momento, permitindo acompanhar as melhorias de qualidade de cada fabricante.

Nosso compromisso com a transparência continua

Após batalhas judiciais, inúmeras denúncias e várias vitórias ao longo desses anos, permanecemos comprometidos com a causa e seguiremos trabalhando para que todas as medidas sejam tomadas em prol de você, consumidor.

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Por isso, a PROTESTE ingressou com ações judiciais contra as sete empresas responsáveis pelos azeites fraudados com objetivo de retirar os lotes imediatamente do mercado.

Os resultados do teste também foram encaminhados para o Ministério da Agricultura, Anvisa, Secretaria Nacional do Consumidor, Apas, Oliva, ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), Ibraoliva e Abrasel.

Ninguém nos impedirá de comunicar a verdade e alertar para produtos que não trazem benefícios a sua saúde e o seu bolso.

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Por determinação judicial, publicamos abaixo o direito de resposta redigido pela empresa responsável pelo Azeite La Pastina.

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Para ver o resultado do teste mais atual, clique aqui.