O que as mudanças climáticas e o coronavírus têm em comum?

O que as mudanças climáticas e o coronavírus têm em comum?

O que você faria se soubesse, antes da pandemia, quais seriam os impactos da Covid-19? O jornalista Matthew Shirts faz o mesmo paralelo com as mudanças climáticos, confira!

Se fosse possível conhecer, antes do início da Covid-19, todos os impactos que a pandemia traria à vida e à saúde das pessoas, aos seus relacionamentos e à economia, algo poderia ter sido feito de forma diferente? Essa foi uma reflexão proposta pelo jornalista Matthew Shirts, primeiro editor da revista National Geographic no Brasil. Segundo ele, as mudanças climáticas em curso já são conhecidas, o que traz a necessidade de novos hábitos, em todo o mundo.

“A pandemia era prevista. Já surgiram outras doenças, como a H1N1, Ebola, Zica e até mesmo a Aids. O homem invadiu as florestas, teve contato com animais selvagens e acabou contraindo enfermidades que não afetavam humanos”, disse ele, durante live realizada pela PROTESTE, com o tema “Coronavírus: um recado da natureza?”. “Se a população tivesse consciência dos riscos e danos causados pela Covid-19, será que comportamentos e hábitos teriam sido alterados?”, questionou.

A importância de conhecer os riscos e agir de forma proativa para implementar as transformações necessárias são atitudes que deveriam ser encaradas como prioritárias pelas pessoas. Para Matthew, as mudanças climáticas em curso têm a mesma tônica. “Já sabemos que os impactos à natureza terão outros significados, afetando nossa vida de diferentes maneiras. O que podemos fazer, então, antes que tudo se agrave e os recursos naturais entrem em colapso?”, questionou.

A live faz parte da programação especial da PROTESTE em junho, mês em que se comemora o Dia Internacional do Meio Ambiente. Para conferir todos os debates sobre consumo responsável, sustentabilidade e conscientização ambiental, confira as redes sociais da associação: Instagram, Facebook, LinkedIn e YouTube.

mudancas climaticas
Mudanças climáticas pedem soluções urgentes

Segundo Matthew, as pessoas precisam, urgentemente, mudar o jeito como vivem e os seus hábitos. “A crise climática será pior que a Covid”, disse. De acordo com o jornalista, os climatologistas já sabem que a vida humana precisará passar por transformações, em função dos reflexos que os hábitos atuais causam ao ambiente.

“Existem várias coisas que podem ser feitas, sob o ponto de vista do consumo. Reduzir o desperdício e a queima dos combustíveis fósseis, por exemplo, são algumas das ações mais relevantes”, destacou.

Segundo ele, a migração para os combustíveis renováveis, como o etanol, e no futuro a eletromobilidade, além de ações quotidianas, como a separação e destinação adequada de resíduos, fazem grande diferença. Afinal, conforme Matthew, o comprometimento de todos é necessário para garantir o futuro do planeta.

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“Podemos dizer que já tivemos grandes mudanças e, nos últimos 16 anos, a conscientização aumentou”, ressaltou. Mas isso ainda não é suficiente: o nível do mar está subindo, os furacões são cada vez mais perigosos, as chuvas mais intensas e os períodos de seca, idem.

“A civilização precisa tomar cuidado. Os cientistas que estudam as mudanças climáticas estão alertando o mundo para os riscos e a civilização precisa tomar medidas rápidas, para evitar uma crise maior”, afirmou. “A mudança de comportamento é uma necessidade urgente”, completou. Para Matthew, o mundo está no limite.

“E se você soubesse antes o que poderia ocorrer agora, com o coronavírus? Seu comportamento teria mudado?”, questionou. A lógica, para o jornalista, é a mesma com o clima. “Só que, nesse caso, já sabemos o que pode acontecer. Então, é preciso que as pessoas se conscientizem para a necessidade de mudança de comportamento”, pontuou.

Redação

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