Jejum intermitente: O que a ciência diz sobre esse método?
Embora o jejum possa resultar em uma redução na balança, estudos indicam uma perda maior de massa magra do que de gordura
À medida que o ano de 2023 chega ao seu encerramento, a procura por dietas, academias e estratégias duvidosas para a perda de peso intensificam-se nas redes sociais. Entre as influenciadoras, destaca-se o jejum intermitente como uma prática recorrente. Essa técnica envolve períodos determinados sem ingestão de alimentos, no entanto, a ciência revela que tal abordagem carece de eficácia. As informações são do portal G1.
O jejum tem sido uma prática constante ao longo da história, muitas vezes associada a motivações espirituais, religiosas e culturais. Nossos antepassados enfrentavam períodos prolongados de jejum, geralmente de maneira imposta. Tribos caçadoras-coletoras, dependentes da caça e coleta para se alimentar, passavam longos intervalos sem comida quando não obtinham sucesso nessas atividades.
Embora o jejum possa resultar em uma redução na balança, estudos indicam uma perda maior de massa magra do que de gordura, contrariando as expectativas de um emagrecimento saudável. Especialistas apontam que o método ganhou popularidade devido à sua “simplicidade”.
Ao contrário de dietas com cardápios restritivos, o jejum intermitente não proíbe categorias específicas de alimentos, como gorduras, açúcares ou carboidratos, tornando apenas um relógio o requisito fundamental.
Diversos métodos de jejum intermitente são compartilhados nas redes sociais, sendo o método 16/8 um dos mais comuns, caracterizado por jejuns diários de aproximadamente 16 horas, seguidos por uma janela de alimentação de 8 horas. Outros incluem o 12/12 e o 20/4, que envolvem jejuns de 12 ou 20 horas, com janelas de alimentação de 12 ou 4 horas, respectivamente. A dieta 5:2 é outra abordagem, onde há ingestão normal durante cinco dias e restrição calórica nos dois dias restantes.
Além disso, o método Coma-Pare-Coma permite que a pessoa escolha um ou dois dias semanais para um jejum completo, seguido por uma refeição e, em seguida, a abstenção de alimentos até o mesmo horário no dia seguinte.
A questão central sobre a eficácia do jejum intermitente para emagrecer permanece em debate entre especialistas, principalmente devido à escassez de pesquisas, especialmente a longo prazo. Embora os estudos atuais indiquem uma perda de peso na balança, a preocupação recai sobre a predominância da perda de massa magra em detrimento da gordura, indo na contramão dos princípios de um emagrecimento saudável.