Salmonella: o que é, sintomas e tratamento

Salmonella: o que é, sintomas e tratamento

A intoxicação alimentar causada pela bactéria pode apresentar diversos sintomas, que variam de leves até mais graves

É fundamental ter cuidados ao ingerir alimentos não apenas para ter uma vida saudável e evitar doenças ligadas à má alimentação, mas também para evitar problemas de saúde causados por intoxicação alimentar. Uma dessas complicações é a Salmonella, que é a causadora de doenças transmitidas por alimentos.

Existem mais de 250 tipos de doenças assim ao redor do mundo, de acordo com o Ministério da Saúde. No caso da Salmonella, existem situações nas quais apenas sintomas leves são sentidos durante alguns dias. Entretanto, é possível que a infecção possa trazer consequências graves para determinados grupos, inclusive levar à morte.

Existem ações que são simples, mas ajudam a evitar a contaminação por Salmonella. Além disso, é essencial conhecer os sintomas que a infecção causa para buscar o tratamento médico adequado o mais rápido possível. Assim, evita-se que a bactéria se torne porta de entrada para doenças sérias, como acontece com outros tipos de infecções.

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O que é Salmonella?  

A Salmonella é uma bactéria que provoca intoxicação alimentar. Os sintomas são de desconforto e podem levar a infecções graves, inclusive, à morte. Existem diferentes tipos e subespécies da bactéria, de forma que a enterica e bongori são as que causam problemas de saúde nos seres humanos.

Salmonella enterica

A Salmonella enterica é a maior relevância de saúde pública e apresenta seis diferentes subespécies. Além disso, conta com mais de 2.500 sorotipos, que são microrganismos que podem provocar diversas complicações de saúde, como a febre tifóide e a não tifóide.

Salmonella bongori

A Salmonella bongori é um tipo menos comum dessa bactéria e reúne 22 sorotipos.

Como acontece a transmissão?

A transmissão da Salmonella acontece por meio do consumo de alimentos contaminados por ela. Essa bactéria é encontrada no organismo e, principalmente, nas fezes de animais, como porcos, galinhas, frangos, vacas, cães e gatos. 

Isso significa que alimentos crus ou que não tenham sido cozidos da forma correta são os que oferecem risco de transmissão de Salmonella. É preciso ter atenção para o cozimento de refeições que contenham:

  • ovos;
  • leite e derivados;
  • carne de aves;
  • carne de porco;
  • frutas, verduras e legumes que entraram em contato com fezes de animais.

Caso o ser humano consuma alimentos de origem animal que não tenham sido corretamente preparados ou entre em contato com fezes de animais com a bactéria no organismo, a Salmonella tende a causar infecções que podem apresentar sintomas entre 6 e 48 horas após a ingestão da comida contaminada.

Doenças causadas pela Salmonella

A Salmonella pode causar diversas questões de saúde decorrentes da intoxicação alimentar, como dor de cabeça, náuseas, diarreia, dor abdominal, cansaço e calafrios, por exemplo. 

Destacam-se duas doenças causadas pela bactéria que podem apresentar sintomas mais graves:

Salmonella não tifóide

A Salmonella não tifóide tem sintomas que podem ser parecidos com outros de ordem intestinal. Porém, é confirmada a contaminação após exames de fezes, sangue e análise médica. Entre os principais sinais da infecção, estão:

  • vômitos;
  • dores abdominais e cólicas;
  • diarreia com ou sem presença de sangue;
  • mal-estar;
  • cansaço;
  • calafrios e febre moderada.

A intensidade desses sintomas pode variar entre os indivíduos, e surgem de 6 a 72 horas depois da infecção a partir do consumo do alimento infectado pela bactéria. Além disso, eles podem persistir entre 2 a 7 dias, em média. 

Febre tifóide

A febre tifóide traz consequências mais graves a partir da infecção pela bactéria Salmonella. É comum em regiões com baixo nível de saneamento básico, que causam mais infecções pela falta de higiene dos locais.

Entre seus sintomas, destacam-se:

  • febre alta;
  • falta de apetite;
  • dores de cabeça;
  • mal-estar;
  • diarreia;
  • aumento do volume do baço;
  • manchas pelo corpo, especialmente no tronco
  • retardamento dos batimentos cardíacos.

As complicações da febre tifóide podem ser severas e causar hemorragia intestinal e, consequente, perfuração. Além disso, existe a possibilidade de desenvolvimento de pneumonia e retenção urinária.

Em grupos com sistema imunológico comprometido, como portadores de HIV/AIDS e transplantados, além de idosos, gestantes e crianças, a doença pode ser mais grave.

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Diagnóstico e tratamento da infecção por Salmonella

O diagnóstico das doenças causadas pela Salmonella é realizado por meio de avaliação médica, a partir de exames de fezes, sangue e urina, além da análise clínica do histórico de vida do paciente, locais frequentados e, principalmente, alimentos consumidos dias antes da ida ao médico. O ideal é que os exames sejam coletados antes do uso de medicação.

Em relação ao tratamento, se a infecção não se manifestar de forma grave, é possível dispensar intervenção médica, com repouso, ingestão de água para manter o organismo hidratado e uso de medicamentos para controlar os sintomas.

Porém, em infecções mais sérias, pode ser recomendado o uso de reposição eletrolítica, reidratação e, ainda, uso de antibióticos, principalmente para evitar a disseminação da bactéria para outras partes do organismo, caso o problema no intestino não seja controlado.

O tempo de uso de antibióticos vai variar de acordo com o grau de gravidade da infecção, assim como a idade e as condições de saúde do paciente. 

Guia-do-consumidor

Cuidados para evitar a contaminação por Salmonella

Como o contágio por Salmonella está relacionado ao preparo correto de alimentos e ao contato com fezes de animais infectados, as formas de prevenção giram em torno da higiene alimentar e, também, do contato do ser humano com o ambiente em que vive. Por isso, medidas de controle, como o saneamento básico, são fundamentais para evitar a contaminação com a bactéria. 

Também existem ações individuais que podem ser tomadas e diminuem as chances de infecção com Salmonella. Veja alguns exemplos.

Lavar as mãos

Sempre lavar as mãos, principalmente antes e depois do preparo ou consumo de alimentos, é uma grande forma de evitar contaminações bacterianas como a Salmonella. Isso deve ser feito principalmente após o contato com objetos sujos, como depois de ir ao banheiro, manusear ou limpar espaços com animais ou mesmo tocar nos bichinhos, por exemplo.

Lavar as frutas e verduras

Limpe as frutas, verduras e legumes que for consumir, para reduzir as chances de comer algum alimento que esteja com a bactéria. Além de usar água corrente, recomenda-se deixar tudo mergulhado em água com hipoclorito de sódio

O Ministério da Saúde recomenda que seja preparada uma solução com 10ml (1 colher de sopa) de hipoclorito de sódio 2,5% para cada litro d’água. Depois, os alimentos de hortifruti devem ser mergulhados nessa solução.

Cozinhar a carne

Carnes mal-passadas ou que não sejam corretamente cozidas ou fritas, principalmente nos casos de aves ou porco, são alimentos que podem transmitir Salmonella. Por isso, é importante evitar o consumo de pratos crus. O ideal é sempre cozinhar bem as carnes, pois o processo ajuda a reduzir a chance de bactérias serem ingeridas.

Cozinhar os ovos

Consumir ovos traz diversos benefícios para a saúde, mas é preciso ter atenção para que o preparo de alimentos e o consumo não provoquem contaminações bacterianas. Os ovos devem ser sempre bem cozidos, pois o processo facilita o combate à Salmonella.

Também é importante lavar os ovos em água potável na hora em que for armazenar e conservá-los sob refrigeração. Ainda vale a pena ter atenção para pratos que utilizam ovos crus em sua composição, como maionese, mousse e ovo frito de gema mole, pois sem a higienização correta antes da preparação existe o risco de transmissão da Salmonella.

Evite comer em lugares insalubres

Ao comer fora, é fundamental evitar locais insalubres, que não possuam processos de higienização adequados no preparo dos pratos ou conservação de alimentos. Isso porque qualquer descuido pode ocasionar o aparecimento de bactérias na comida que vão provocar doenças de ordem alimentar.

Observe se os funcionários higienizam as mãos e se o local está adequadamente limpo, sem a presença de animais ou de sujeira. Com isso, evita-se a intoxicação alimentar por bactérias, como a Salmonella.

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Como vimos, a Salmonella causa intoxicação alimentar, o que pode trazer consequências sérias para o organismo. Um período do ano em que esse problema tende a ser maior é o verão. Veja como evitar a intoxicação alimentar nesse período.

Redação

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