5 curiosidades importantes sobre a vacina contra o HPV
Imunizante está disponível no SUS para adolescentes de 9 a 14 anos
A vacina contra o HPV, o papilomavírus humano, está disponível nos postos do SUS (o Sistema Único de Saúde) desde 2014, para adolescentes de 9 a 14 anos.
A imunização contra o vírus na adolescência é importante porque a proteção da vacina é maior se realizada antes do início da vida sexual, já que esse vírus é causador de infecções sexualmente transmissíveis.
No entanto, levar a proteção contra esse vírus a jovens tem sido um esforço aquém do necessário. A baixa cobertura da vacina contra o HPV não é uma ameaça apenas para as meninas, como para os meninos também. A seguir, veja cinco curiosidades sobre a vacina contra o HPV, listadas pelo Viva Bem, do UOL.
1. Risco grande, para eles e para elas
Apenas 42,23% dos meninos entre 9 e 14 anos tomaram a primeira dose da vacina contra o HPV e só 27,42% voltaram seis meses depois para receber a segunda. A vacina também é importantíssima para a saúde deles.
Homens têm uma incidência cinco vezes maior de câncer de boca e de garganta do que as mulheres, doenças que vêm aumentando globalmente em decorrência da prática de sexo oral. Isso mostra que as mulheres também infectam os homens. Portanto, quanto mais indivíduos vacinados, menor a chance de o vírus circular.
2. Idade-limite para tomar a vacina
Caso tenham a possibilidade, adultos também deveriam se proteger contra o HPV. A bula da vacina quadrivalente — que protege contra quatro tipos de HPV, o 6, o 11, o 16 e o 18 — diz que o imunizante pode ser aplicado em três doses em homens até os 26 anos e em mulheres, até os 45 anos.
Já a nonavalente — que protege contra esses mesmos quatro tipos e outros cinco — é aplicada até os 45 em ambos os sexos, também em três doses.
3. Quem já teve lesão pelo vírus
A vacina não trata a infecção já instalada. Mas, ainda assim, vale tomar a vacina para não se infectar com outro tipo de HPV. Além disso, é comprovado que a pessoa imunizada têm menor probabilidade de recidiva depois de tratar a lesão.
4. Quem enfrenta um câncer, transplantados e vítimas de violência sexual
Pacientes que fazem químio ou radioterapia devem se proteger contra o HPV, que pode aproveitar a brecha da imunidade mais baixa durante o tratamento. Pessoas que têm HIV e quem passou por um transplante de órgão ou de medula óssea, também devem tomar a vacina por causa das defesas mais vulneráveis.
Além disso, desde agosto deste ano, quem sofreu violência sexual entra no grupo prioritário para imunização contra o HPV, se não se vacinou antes ou não completou o esquema de doses.
Para essas pessoas com até 45 anos de idade, o imunizante quadrivalente é oferecido pelo SUS no Crie (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais).
5. Dose única de vacina
É um pedido da OMS (Organização Mundial de Saúde) que os países tentem criar uma dose única da vacina para facilitar a logística, diminuir o custo e aumentar o acesso ao imunizante. Países como o Reino Unido, participam dessa tentativa. O órgão tem como meta ter 90% das meninas vacinadas até 2030.