Adoçante natural: conheça as principais opções
A preocupação com os malefícios do açúcar refinado e a busca por uma vida mais saudável levaram a população a buscar o adoçante natural
A utilização de adoçante natural está cada vez mais comum entre os brasileiros. Isso acontece pela mudança de hábitos em relação ao consumo de açúcares, seja por motivos estéticos ou de saúde.
Não é novidade para ninguém que o açúcar refinado é um dos vilões da saúde. A favor dessa mudança, cada vez mais têm surgido produtos diferentes para substituí-lo. Opções naturais, como o mel, açúcar de coco, mascavo, e os edulcorantes naturais (como stevia, xilitol e eritritol) já podem ser encontrados facilmente em qualquer supermercado.
A seguir, você entenderá em detalhes por que é preciso evitar o açúcar refinado e quais são as opções naturais que podem ser utilizadas na substituição do item em preparações. Confira!
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O que é açúcar?
Primeiro, é importante dizer que o açúcar está presente naturalmente em inúmeros alimentos, como frutas, vegetais, grãos e leite, na forma de glicose, frutose, lactose e sacarose. E são desses alimentos que são retirados o açúcar que adoçamos nossas receitas.
No caso do açúcar de cozinha, aquele utilizado para adoçar receitas e bebidas, é retirado da cana-de-açúcar e representado por basicamente quatro tipos mais comuns, sendo eles: refinado, cristal, demerara e mascavo.
O açúcar refinado é, sem dúvidas, o pior nutricionalmente de todos. Conhecido por ser branco e fininho, esse tipo é o que apresenta maior pureza, fácil dissolução, baixo teor de umidade e alto nível de sacarose. É o mais popular no consumo doméstico e também o mais utilizado em alimentos industrializados.
Por causa de seu processo de fabricação, que consiste em refinar e clarificar, o açúcar perde muitas propriedades benéficas, que podem ser encontradas em outros tipos, como o demerara e o mascavo.
Dentre os quatro mais comuns, o mascavo é o que apresenta mais quantidade de minerais. Ele possui grandes porcentagens de magnésio, cálcio, potássio e fósforo, enquanto que o açúcar refinado possui uma quantidade insignificante.
E o que são Adoçantes Naturais?
A palavra “adoçante” é popularmente utilizada para designar qualquer substância dotada de sabor doce. Os adoçantes naturais são alternativas para substituição do açúcar refinado, pois além de conferir dulçor, alguns possuem baixo índice glicêmico, outros são zero ou baixo em calorias, o que é muito importante para controlar a diabetes, a obesidade e outras doenças.
Algumas opções de adoçantes naturais contém várias vitaminas e minerais importantes para o funcionamento do organismo como o mel e o açúcar de coco, porém vale destacar que esses possuem glicose e não são recomendados para diabéticos.
Existem também aqueles adoçantes industrializados, na forma líquida ou em pó, indicados para diabéticos ou pessoas que objetivam controle de peso.
Sendo assim, os adoçantes naturais são opções mais saudáveis, porém devemos saber suas propriedades para que possam atender adequadamente aos objetivos. Confira agora as principais opções e as particularidades de cada um.
Mel
O mel é um adoçante natural que pode ser utilizado como substituto ao açúcar tradicional. É um alimento pronto, produzido pelas abelhas e que pode ter diversas utilizações, inclusive adoçar preparações.
Além de ter um sabor agradável e de não elevar o índice glicêmico como o açúcar tradicional, o mel possui várias propriedades terapêuticas, como auxiliar no sistema imunológico, melhorar o sistema cardíaco, reduzir os triglicerídeos e melhorar o colesterol, entre outras.
Esse alimento é encontrado em sua forma pastosa em diversos lugares, sendo o mais comum em supermercados. Para utilizar o mel como adoçante natural basta adicionar a quantidade necessária na preparação. Nesse caso, opções quentes são mais fáceis de serem adoçadas.
Por isso, o ponto negativo do mel é justamente a dificuldade em dissolvê-lo em preparações frias. Além disso, ele possui um sabor bastante característico que muitas vezes prevalece no gosto final.
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Açúcar de coco
Outra opção de adoçante natural, também calórico, é o açúcar de coco, que é extraído do fruto. Comum em lojas de produtos naturais, ele possui baixo índice glicêmico e é uma boa opção para quem gosta de opções em pó. Seus benefícios vão além do baixo índice glicêmico, sendo também uma fonte de minerais, como ferro e potássio, e de vitaminas B1, B2, B3 e B6.
O sabor desse adoçante natural é ainda mais suave, mas possui um gosto residual de coco. Ele não é tão solúvel quanto as demais opções em pó, mas pode ser utilizado em todos os tipos de preparações. Basta adicionar a quantidade necessária de açúcar de coco para adoçar a preparação.
Frutose
O adoçante natural chamado de frutose ou levulose é mais conhecido como o “açúcar das frutas”, pois a extração ocorre a partir delas. É uma versão natural com sabor agradável, sem odor, incolor e aspectos muito similares ao tipo refinado.
Embora a frutose também seja um tipo de açúcar, ela oferece energia para o corpo sem elevar o índice glicêmico. Seu sabor mais neutro também é outra vantagem em relação aos tipos de adoçantes naturais.
A frutose pode ser encontrada em pó, também em diversos supermercados e lojas de produtos naturais. Apesar de ter origem nas frutas, o seu consumo deve ser moderado e a melhor forma de utilizá-lo é com a própria fruta. Por exemplo, em uma vitamina você pode acrescentar tâmaras para adoçar a bebida.
Adoçantes Industrializados
Os adoçantes industrializados, também chamados de edulcorantes, são compostos químicos de origem sintética ou natural, com propriedade de adoçar alimentos, em substituição total ou parcial à sacarose ou outros açúcares, e reduzir o teor calórico dos alimentos.
Eles são regulados pela Vigilância Sanitária e divididos em Adoçantes Dietéticos e Adoçantes de Mesa:
- Adoçantes Dietéticos são indicados para dietas com restrição de sacarose, frutose e ou glicose, para atender às necessidades de pessoas sujeitas à restrição da ingestão desses carboidratos, como os diabéticos.
- Adoçantes de Mesa também conferem dulçor aos alimentos, com baixo ou zero valor calórico, porém podem conter na composição açúcar como amidos, frutose, xarope de glicose e muitos outros.
Portanto, leia o rótulo do adoçante para saber a composição dele. A maioria dos disponíveis no mercado são misturados a outros ingredientes!
Veja os principais:
Stevia
A stevia ou estévia é um tipo de edulcorante natural não-calórico (0 kcal/g). Ele é extraído das folhas da planta Stevia rebaudiana, originária do Paraguai. Por ter um sabor doce muito semelhante à sacarose, esse adoçante natural pode ser utilizado em diversas preparações, como bebidas quentes e frias, em produtos de panificação, iogurtes, sorvetes, entre outros.
O mais interessante sobre a stevia é que sua doçura é 300 vezes maior do que a sacarose, mas com o benefício de não ter nenhuma caloria. Além disso, o adoçante contribui para a redução da glicose no sangue, não prejudica a saúde bucal e ainda age contra certos microrganismos.
Seu único ponto negativo é o gosto residual amargo e metálico que não agrada a todos os paladares.
Xilitol
É um tipo de edulcorante natural calórico (2,4 kcal/g), obtido por meio de reações químicas. Esse adoçante, também chamado de “açúcar da madeira”, tem o poder de dulçor igual ao da sacarose, mas com a desvantagem de ter um sabor residual refrescante que pode não agradar alguns paladares.
Além de ser reduzido em calorias e possuir dulçor equivalente ao do açúcar refinado, é fácil dissolver nas bebidas, é estável termicamente e ainda possui ação anticariogênica.
O consumo de xilitol deve ser moderado pois em excesso pode provocar efeitos laxativos e flatulência.
Eritritol
É um outro tipo de edulcorante natural não-calórico (0 kcal/g), único obtido através da fermentação de um açúcar chamado Eritritose. A doçura é ligeiramente refrescante e possui cerca de 70% do dulçor do tipo refinado. Esse adoçante pode ser usado em receitas frias ou quentes e ainda atua como agente de massa nas preparações, ou seja, ele dá volume.
O eritritol é não cariogênico e não tem efeitos adversos como laxativo e flatulência, quando consumido em excesso.
Esse adoçante é bastante encontrado não só na versão de mesa, mas na composição de produtos como gomas de mascar, doces, coberturas, chocolates, leites fermentados e bebidas de baixa caloria.
Atualmente, é possível encontrar os três edulcorantes naturais em qualquer supermercado e também em lojas de produtos naturais. Eles são vendidos em pó e também em líquido, e seu modo de usar é bastante simples, basta adicionar algumas gotinhas ou um sachê para na bebida, ou acrescentar como ingrediente nas receitas quentes ou frias.
Por que evitar o açúcar?
O consumo excessivo do açúcar branco, refinado ou suas variações como cristal, demerara e mascavo, já foi associado a diversas doenças. A seguir, trouxemos alguns dos males que esses açúcares podem causar, assim como as preparações que os utilizam. Confira quais são eles!
Diabetes
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a diabetes é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue, chamada de hiperglicemia. Ela pode acontecer devido a uma falta ou baixa produção da insulina – hormônio responsável por metabolizar o açúcar – ou por uma resistência à substância.
Nos dois casos, o consumo da substância precisa ser controlado para que seja possível prevenir e também controlar a doença. Quando isso não acontece, a diabetes pode causar problemas graves, como perda da visão, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outras complicações.
Obesidade
Outra doença que também pode ser causada pelo consumo exagerado de açúcar é a obesidade. Quando consumido, o tipo refinado possui uma absorção muito mais rápida, o que leva ao acúmulo de gordura. Além disso, o açúcar possui uma ação viciante no organismo, sendo assim, quanto mais ele é consumido, maior é a vontade de continuar comendo alimentos doces.
A obesidade é uma doença muito séria que pode levar a muitas complicações graves, como o AVC, infarto do miocárdio, diabetes, colesterol alto, entre outras.
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Cáries
As cáries também entram para a lista dos problemas causados pelo açúcar. Quanto mais refinado e puro, se torna viciante para o organismo e contribui para o surgimento de cáries. Diferente de alguns adoçantes que possuem ação de prevenção à cárie, o tipo refinado é o que mais contribui para o surgimento do problema, mesmo mantendo a escovação em dia.
Ele pode levar a várias outras complicações, sendo a mais grave delas a perda total do dente. Portanto, mais do que escovar os dentes regularmente e utilizar o fio dental, é fundamental controlar o consumo do açúcar.
Gastrite
Essa é uma associação que quase não é mencionada, mas o consumo excessivo de açúcar também pode contribuir para o surgimento da gastrite, uma doença inflamatória do sistema gástrico.
Por ter uma rápida digestão, o açúcar faz com que haja uma fermentação elevada no intestino e isso gera o desconforto gástrico comum da gastrite. Quando não tratada, o problema pode evoluir para inflamações mais sérias como úlceras gástricas.
Colesterol alto
Um dos principais causadores do colesterol alto é o consumo excessivo de açúcar. Por causa de sua rápida absorção, ele contribui para o acúmulo de placas de gordura no sistema cardiovascular que elevam os triglicerídeos.
Quando não cuidado, o colesterol alto pode levar a várias doenças e complicações, como doenças cardiovasculares, AVC, infarto do miocárdio, entre outras.
Informe-se com a PROTESTE
Agora que você já sabe que é possível substituir o açúcar tradicional por adoçante natural e que isso traz inúmeros benefícios para a sua saúde, continue mantendo-se informado com a PROTESTE, no blog MinhaSaúde.
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