Dieta cetogênica: o que é, alimentos e cuidados

Dieta cetogênica: o que é, alimentos e cuidados

Saiba o que é a dieta cetogênica, quais são as indicações, os benefícios e os alimentos utilizados.

A dieta cetogênica pode ser um importante recurso para melhorar a qualidade de vida, bem-estar e, principalmente, o tratamento de doenças como a epilepsia. Isso porque os alimentos utilizados nesse tipo de cardápio contam com a concentração de substâncias que podem contribuir para o melhor funcionamento do sistema nervoso.

Entretanto, é essencial contar com a indicação de um profissional de saúde e, também, de nutricionistas, para manter a alimentação equilibrada na adoção da dieta cetogênica e para evitar problemas decorrentes de falhas nutricionais.

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Logo, antes de mudar radicalmente a alimentação, é importante entender mais sobre essa dieta e receber a recomendação expressa de especialistas. Saiba o que é dieta cetogênica, quais são os alimentos permitidos, proibidos e as contraindicações desse tipo de alimentação. 

O que é dieta cetogênica?

A dieta cetogênica é um tipo de alimentação terapêutica que tem alimentos ricos em lipídios, moderação de proteínas e presença menor de carboidratos. Ou seja, é recomendado o aumento da ingestão de alimentos gordurosos e a redução do consumo das fontes de proteína e, principalmente, carboidratos.

Com a dieta cetogênica, a energia proveniente dos carboidratos é substituída pelos lipídios, presentes em alimentos de origem vegetal e animal. A origem do nome está na cetose, processo celular que envolve o uso da gordura para a produção de energia das células, em vez da glicose, um “combustível” mais comum.

Essa dieta é considerada uma alternativa para pacientes com epilepsia de difícil controle, além de patologias relacionadas ao sistema neurológico. É estudado o potencial da dieta cetogênica como recurso terapêutico principal para essas enfermidades, especialmente em casos nos quais os remédios convencionais não contribuem para o tratamento.

Como 20% a 30% dos pacientes com epilepsia não conseguem responder ao tratamento com medicamentos da forma esperada, segundo artigo do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia, a dieta cetogênica pode ser usada no tratamento clínico da doença ou de outras desordens neurológicas.

De acordo com o material, a dieta cetogênica tem propriedades neuroprotetoras e ajuda a diminuir a excitabilidade neuronal, que induz quadros de crises convulsivas. Ela também tem sido estudada para tratar quadros de câncer e tratamento de obesidade.

Com a dieta cetogênica, o organismo é estimulado a usar a gordura presente na alimentação como fonte de energia. A partir disso, diversas alterações metabólicas ocorrem de forma a reduzir disfunções e deteriorações neurológicas.

É importante também diferenciar a dieta cetogênica da chamada dieta low carb, que pode causar danos à saúde por comprometer a segurança nutricional e alimentar ao restringir de maneira excessiva alimentos com carboidratos, sem a reposição de vitaminas.

A dieta cetogênica é utilizada desde a antiguidade, especialmente a partir do jejum ou corte do consumo de alimentos ricos em carboidratos. Já nos anos 1920, esse tipo de alimentação começou a ser utilizado de forma complementar ao tratamento contra epilepsia.

Já entre os anos 1990 e 2000, a dieta cetogênica passou a ser mais estudada por médicos e nutricionistas e aplicada em pacientes com crises epiléticas severas. Desde então, ela é utilizada em mais de 45 países.

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Alimentos permitidos

Alimentos permitidos na dieta cetogênica são aqueles ricos em gordura, especialmente a gordura saturada e insaturada, além de proteínas, como por exemplo:

  • Castanhas;
  • Abacate;
  • Manteiga;
  • Queijos;
  • Carnes, como peixe e aves;
  • Ovos de galinha;
  • Óleos vegetais, como azeite de oliva extravirgem e óleo de linhaça;

Também é importante o controle do consumo de carboidrato, mesmo quando o assunto se trata dos legumes e verduras. A preferência se dá pelo brócolis, repolho, berinjela e couve-flor, por exemplo. Veja algumas dicas da PROTESTE de como escolher os alimentos:

Alimentos proibidos

Alguns alimentos devem ser evitados durante a dieta cetogênica, especialmente aqueles que são fonte de açúcares. Isso porque a glicose pode ser prejudicial para pacientes com distúrbios neurológicos. Dessa maneira, é preciso diminuir ou não consumir alimentos como:

  • Sorvetes;
  • Massas industrializadas;
  • Biscoitos recheados;
  • Doces;
  • Farinhas;
  • Bebidas alcoólicas.

Também é importante reduzir o consumo de cereais como arroz, trigo e aveia, tubérculos como batata e abóbora e leguminosas como o feijão e o grão de bico.

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Efeitos colaterais

A dieta cetogênica pode trazer efeitos colaterais, como:

  • Sonolência;
  • Perda de peso;
  • Náuseas;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Constipação.

Tudo isso pode afetar a qualidade de vida, especialmente de grupos como idosos, crianças, grávidas e mulheres amamentando, que necessitam de mais nutrientes e energia. Eles precisam de muita atenção e, por isso, devem evitar mudanças radicais na alimentação sem orientação adequada de um profissional.

Além disso, diabéticos e pacientes com problemas hepáticos devem ter cuidado com a adoção da dieta cetogênica e precisam procurar indicação médica antes de qualquer mudança. 

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Dieta cetogênica e atividade física

A atividade física deve estar relacionada à dieta cetogênica, especialmente aquela de baixa intensidade. Esse tipo de alimentação pode prejudicar o desempenho em exercícios anaeróbios e aumentar a incidência de fraqueza e cãibras, já que o organismo contará com menos carboidrato, utilizado na recuperação e desempenho físico.

Por isso, é importante regular as atividades de acordo com o funcionamento do corpo durante a aplicação da dieta cetogênica.  

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Qual é a importância do nutricionista?

O nutricionista é essencial para entender qual é a necessidade da dieta cetogênica conforme cada caso. Isso porque esse tipo de alimentação deve ser adaptado de acordo com a idade, peso e condição clínica do paciente.

Além disso, o profissional vai estabelecer as quantidades dos nutrientes que devem ser consumidos e, indicar também a suplementação, quando necessária. 

A partir da condição clínica e exames laboratoriais, o nutricionista poderá indicar a alimentação mais adequada. O profissional irá estabelecer, por exemplo, o número de refeições diárias, o cardápio e também a duração da dieta, que pode durar meses.

Como vimos, a dieta cetogênica pode ser uma importante aliada no tratamento de doenças que causam disfunções neurológicas, como a epilepsia. Especialmente nos casos em que o tratamento medicamentoso não é suficiente para tratar essas doenças, esse tipo de alimentação aparece como alternativa para a regulação do sistema celular e contribui para diminuir crises de convulsão e outras desordens neurológicas.

Porém, a avaliação e o acompanhamento de profissionais de saúde, como nutricionistas e médicos, devem ser a regra antes de aderir à dieta cetogênica. Afinal, existem grupos de alimentos específicos que precisam ser consumidos e outros evitados. Vale destacar que, sem orientação correta, aumentam as possibilidades de erros com escolhas que podem prejudicar o tratamento.

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Fernanda Taveira

Fernanda Taveira

Especialista do Centro de Competência de Alimentação e Saúde da PROTESTE Mestre em Alimentação, Nutrição e Saúde pela UERJ