Estudo prevê aumento de mortes por calor até 2050; cientistas fazem alerta
Em 2022, a exposição global a temperaturas potencialmente fatais atingiu uma média de 86 dias
O aumento das mortes por calor extremo preocupa, conforme revela estudo publicado na revista “The Lancet”. Desde a década de 1990, as mortes relacionadas ao calor entre pessoas com mais de 65 anos aumentaram em alarmantes 85%. As informações são do portal Viva Bem, do UOL.
O alerta é claro é que a saúde global está em risco iminente, conforme afirmam os autores do estudo, que reuniu 114 cientistas de 52 centros de pesquisa e agências da ONU em colaboração. No cenário projetado de um aumento médio de 2°C na temperatura até o final do século, as mortes relacionadas ao calor podem quintuplicar até 2050, segundo as conclusões do relatório de 2023.
O estudo surge duas semanas antes do início da COP28 da ONU sobre o clima, em Dubai, que pela primeira vez terá sessões dedicadas à saúde, destacando a urgência da situação.
Em 2022, a exposição global a temperaturas potencialmente fatais atingiu uma média de 86 dias, enquanto as mortes de idosos devido ao calor aumentaram 85% entre 2013-2022 em comparação com 1991-2000.
Com 2023 previsto para ser o ano mais quente registrado, os impactos já são sentidos, como evidenciado pela sensação térmica recorde de 58,5°C no Rio de Janeiro. Os cientistas alertam que esses eventos podem ser apenas precursores de um futuro ainda mais perigoso.