Azeite de oliva: como escolher para garantir a qualidade no seu prato
O azeite de oliva está cada vez mais presente nas casas brasileiras, utilizado tanto no cozimento de refeições quanto como tempero de saladas.
O consumidor deve tomar alguns cuidados na hora de escolher qual azeite levar. O azeite de oliva extravirgem não pode apresentar mistura com nenhum outro tipo de óleo vegetal. No entanto, é comum encontrar azeites fora dos padrões legais.
Diversos estudos realizados pela PROTESTE indicam que há lotes de marcas adicionadas com outros óleos sendo comercializadas como azeite de oliva extravirgem. A questão mais habitual é a adição de outros óleos vegetais, como o óleo de soja, por exemplo.
Será que você está consumindo o melhor azeite em sua casa?
Neste artigo, vamos explicar exatamente o que é um azeite de oliva, quais seus benefícios, como escolher o ideal e, ainda, apresentar a você os principais aspectos que giram em torno da fabricação e venda deste produto.
O que é azeite de oliva?
O azeite de oliva é obtido por meio do processamento do fruto da oliveira, a azeitona. Para que ele mantenha a qualidade, existem inúmeras exigências para o processo de fabricação e comercialização.
Segundo o trabalho científico Extra Virgin Olive Oil Polyphenols Promote Cholesterol Efflux and Improve HDL Functionality, publicado na National Center for Biotechnology Information, em 2015, a variedade da oliveira influencia diretamente na composição nutricional do produto, que traz benefícios para a saúde por ser rico em gorduras monoinsaturadas, mais especificamente o ácido oleico, conhecido como ômega-9. Além disso, o azeite de oliva extravirgem contém polifenóis e vitamina E.
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Por esse motivo, ele é capaz de combater alguns tipos de câncer, impedir a formação de radicais livres (responsáveis pelo envelhecimento precoce das células) e auxiliar na redução do colesterol ruim (LDL) e dos níveis de triglicerídeos, além de proteger o coração e diminuir a pressão arterial sanguínea.
Tem sido verificado também o aumento de um componente do colesterol bom (HDL) conhecido como apoA-IV (apolipoproteína A – IV), graças ao elevado teor ácido oléico. Segundo o trabalho citado, a apoA-IV evita que as plaquetas se grudem impedindo o bloqueio dos vasos sanguíneos, ou seja, reduz a agregação plaquetária que pode causar ataques cardíacos e derrames isquêmicos.
Já foi verificado inclusive a preservação da memória com o consumo de azeite de oliva extravirgem. Isso porque os nutrientes presentes no azeite são capazes de contribuir com a eliminação de toxinas e outras substâncias degenerativas que levam ao Alzheimer, por exemplo. Por isso, o consumo desse óleo vegetal pode ser capaz de prevenir a doença.
Porém, mesmo com todos esses benefícios, o consumidor deve tomar cuidado com o consumo exagerado do produto, que é altamente calórico.
Como é produzido o azeite de oliva?
O azeite de oliva é aquele extraído da azeitona – ou oliva – e que não é misturado a nenhum outro tipo de óleo vegetal. O primeiro passo é a colheita do fruto, que é feita levando em consideração aspectos como as condições climáticas do local, a maturação da oliveira, o método de colheita (manual ou mecanizado, por exemplo) e o modo e tempo como a oliva é conservada.
Normalmente, após a colheita, a azeitona é lavada e prensada para a extração do óleo. A legislação do produto não permite que o azeite de oliva seja misturado a outros óleos vegetais, e nem permite a aplicação de solventes.
Existem três tipos de azeite de oliva virgem classificados pela legislação: extravirgem, virgem e lampante. Desses, o azeite de oliva extravirgem é o melhor de todos.
Para ser considerado azeite de oliva virgem, além de ser extraído do fruto da oliveira unicamente por processos mecânicos ou outros meios físicos, sob controle de temperatura adequada, pode ainda ser lavado, centrifugado, decantado e filtrado para atender aos parâmetros de qualidade legais.
O azeite de oliva extravirgem é obtido por meio do emprego da primeira prensagem a frio das azeitonas, sendo o mais saudável dos azeites. Como não é refinado, mantém seus nutrientes integralmente, principalmente os antioxidantes, e possui alta qualidade gastronômica devido ao sabor acentuado.
Entre os tipos de azeite de oliva virgem, o lampante não é destinado ao consumo humano.
Uma de suas utilizações mais comuns é como combustível em equipamentos de iluminação. Para ser consumido deve ser refinado, quando passa a ser classificado como azeite de oliva refinado.
Qual a origem do azeite?
A oliveira está entre as mais antigas árvores cultivadas no mundo, ligada a muitos aspectos sociais e religiosos tanto no Velho Testamento quanto na Mitologia Grega (se relacionando, inclusive, ao mito da criação do nome da cidade de Atenas, na Grécia). O óleo derivado da azeitona foi descoberto ainda pelos homens primitivos, mas foi durante a expansão do cultivo da oliveira que ele adquiriu diversos usos.
Hoje, são conhecidas mais de 30 espécies da oliveira, que teve sua origem há cerca de 5.000 anos na região correspondente à antiga Pérsia e Mesopotâmia. Após se espalhar pela Síria e Palestina, os fenícios foram responsáveis por levá-la ao Ocidente. Mais tarde, os romanos descobriram a árvore, que foi disseminada pelo Império Romano.
Nessa época, o azeite de oliva já era extraído pelos romanos, mas não para fins de consumo. Ele era utilizado em banhos e como combustível. Foi durante a ascensão do Império e o crescimento das trocas comerciais por meio da conquista da Grécia, da Ásia Menor e do Egito que o azeite se tornou parte da alimentação, além do uso farmacêutico.
O início do cultivo da oliveira na América só começaria séculos depois, no século 15. Os primeiros sinais do cultivo foram registrados no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, na Argentina e no Chile.
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Como escolher o azeite de oliva?
Entre as diversas opções disponíveis no mercado, o consumidor que não reconhece as características de um verdadeiro azeite de oliva pode acabar saindo no prejuízo. Por isso, alguns itens devem ser considerados na hora de escolher qual deles levar para casa.
Já é sabido que um dos grandes parâmetros para avaliar se um azeite de oliva extravirgem é ou não de excelente qualidade é a acidez, que deve ser inferior a 0,8%. Porém, a acidez quando analisada de forma isolada, não diz muita coisa sobre o azeite. Diz parte dela.
Isso porque o azeite pode ter uma acidez baixa, mas um índice de peróxido elevado, por exemplo. Ou seja, o azeite pode estar rançoso ainda que a acidez seja baixa. Portanto, ela não deve servir como parâmetro único na escolha do azeite, pois se faz necessária uma avaliação em conjunto
A classificação do azeite é o primeiro passo: o extravirgem, como dissemos, é o de melhor qualidade. Além disso, quanto mais jovem for o azeite, mais preservadas estarão suas propriedades nutricionais. Para identificar, o consumidor deve se atentar à data de envase do produto. O ideal é comprar aquele que ainda não tenha completado seis meses desde que foi envasado.
Um alerta é identificar no rótulo se há informações como “óleo composto” ou “tempero misto”. Essas expressões indicam que o produto não se trata de um verdadeiro azeite de oliva, pois foi misturado a outros óleos vegetais, como o de soja ou de girassol, por exemplo. Além de prejudicar a pureza do azeite de oliva, esses óleos normalmente passam por processos químicos e concentram diversos tipos de gorduras, que não são necessariamente boas. Opte pelo azeite de oliva envasado em garrafas de vidro e escuras.
E por último, fique atento ao comprar azeites importados de outros países. Dê preferência aos que forem produzidos e envasados na origem. É obrigatório que contenham em seus rótulos as informações do local de produção e de envase.
Quais as alterações mais comuns nos azeites?
Em alguns casos, a mistura de outros óleos vegetais ao azeite de oliva pode até não trazer riscos à saúde do consumidor, porém, essa adição, quando não comunicada no rótulo do produto, é considerada ilegal.
Ela permite que tal fabricante exerça uma concorrência desleal no mercado, além de conseguir preços mais competitivos para seu produto e lesar o consumidor, que compra a mistura como se fosse azeite de oliva, mas acaba sem usufruir os seus benefícios.
Esse tipo de alteração, influenciará na qualidade do produto e o consumidor não estará levando os benefícios que pensa em estar adquirindo. Eles inclusive, podem levar à produção de aldeídos, radicais livres e ácidos graxos trans e consequentemente, levar risco à saúde do consumidor.
A complexidade que envolve a composição dos diferentes tipos de azeite de oliva, bem como as consequências dos processos de refinação, hidrogenação e reesterificação torna a detecção da adulteração, muitas vezes, um problema de difícil solução. Por isso, vários índices são recomendados para a verificação da pureza do azeite de oliva.
Quais os melhores azeites do mercado?
Desde 2002, a PROTESTE, maior associação de consumidores da América Latina, vem realizando testes de qualidade com lotes de azeite de oliva extravirgem das principais marcas disponíveis no mercado brasileiro. Nossos resultados visam conscientizar o consumidor sobre a composição desses produtos, além de identificar irregularidades.
Por meio de nosso teste mais recente, realizado no final de 2019, detectamos irregularidades em cinco marcas de azeites extravirgem. Após chegar a essa conclusão, a PROTESTE ingressou com ações judiciais contra essas empresas, e dois lotes chegaram a ser retirados do mercado.
Por outro lado, nosso estudo também identificou as melhores marcas de azeite de oliva do mercado. Por meio de nossa avaliação, conseguimos informar o consumidor sobre as escolhas mais seguras na hora da compra.
Fique atento. Seja um associado e confira os resultados do último teste da PROTESTE e veja quais as marcas indicadas para consumo. Aproveite para conhecer também outros testes realizados.
Azeite de Oliva Qualitá é destaque em teste de qualidade
O teste comparativo realizado com o Azeite de Oliva Extra Virgem Português da Qualitá, marca exclusiva das redes Pão de Açúcar e Extra, concedeu ao produto o selo de “Excelente Escolha”. As avaliações foram feitas em azeites de 49 marcas diferentes. Eles passaram pelo teste de acidez, qualidade da conservação, presença de impurezas e metais, adição de outros óleos e pelo teste de aroma e sabor. Este último, levou em consideração os resultados das análises químicas para encontrar padrões que correspondem à qualidade. Os rótulos também foram analisados.
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Os produtos que passam pelo processo de avaliação são classificados em uma das quatro classificações emitidas pela associação: Excelente Qualidade, Boa Qualidade, Média Qualidade e Baixa Qualidade. Geralmente, os itens avaliados recebem o selo de Excelente Qualidade quando atingem entre 70 e 100 pontos.
O teste com o azeite da Qualitá teve resultados satisfatórios e, por isso, o produto ganhou a certificação máxima, com 75 pontos. Ele mostrou ser uma ótima opção para o consumidor. Veja outros produtos da marca com a certificação.
A certificação máxima da PROTESTE para o azeite de oliva reforça o trabalho da marca em desenvolver produtos que atendam aos critérios exigidos no mercado. Qualitá desenvolve produtos baseados em testes criteriosos que garantem sua qualidade. Seu compromisso é oferecer opções para o consumidor que entregam uma ótima relação custo-benefício.
Os testes realizados pela PROTESTE tem o objetivo de ajudar o consumidor na escolha dos melhores produtos. As avaliações das mercadorias passam por critérios rígidos, analisados em laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ao depender da mercadoria analisada.
PROTESTE oferece diferentes serviços ao consumidor
A PROTESTE, maior associação de consumidores da América Latina, também disponibiliza um espaço para reclamações sobre produtos e serviços. O consumidor pode explicar sua situação, e caso necessário, um especialista da PROTESTE vai auxiliar na solução do problema.
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