Casamento entre primos: quais são os riscos genéticos?

Casamento entre primos: quais são os riscos genéticos?

Filhos de casamentos consanguíneos têm mais chances de nascer com doenças genéticas raras

Em várias culturas do mundo, o casamento entre primos é uma prática comum. No entanto, quando o casal decide ter filhos, as chances de riscos genéticos e a incidência de doenças raras são maiores.

Entre parentes de primeiro grau (primos, tios, irmãos, por exemplo) aumentam ainda mais os riscos de problemas genéticos hereditários. As informações são do Viva Bem, do UOL.

Segundo a SBGM (Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica), os riscos de uma criança ter um defeito congênito com pais não aparentados é de 2 a 3%. Já quando os pais são primos, a porcentagem sobe para até 6%, podendo ser ainda maior.

Um estudo realizado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) apontou que, no Brasil, os filhos de casamentos consanguíneos (com parentesco) apresentam 4,16 vezes mais riscos de nascer com doenças genéticas raras.

Existe uma categoria de doenças de herança autossômica recessiva que podem ser associadas a casamentos consanguíneos, confira:

  • Anemia falciforme
  • Atrofia muscular espinhal
  • Fenda labial
  • Mucopolissacaridose
  • Síndrome de Spoan
  • Talassemias

Os especialistas recomendam que, em caso de relações com familiares, o casal busque um geneticista para realizar um aconselhamento genético antes da gestação. Durante a consulta, o médico faz um levantamento do histórico familiar e verifica se há o risco de doenças.