Como o aquecimento global pode ressuscitar vírus “zumbis”?

Como o aquecimento global pode ressuscitar vírus “zumbis”?

Esses micróbios, chamados de “zumbis”, permanecem em estado latente por milhares de anos

O aquecimento global traz ameaças além das mudanças no estilo de vida, como o ressurgimento de patógenos antigos da permafrost, uma camada de matéria orgânica congelada. Esses micróbios, chamados de vírus “zumbis”, permanecem em estado latente por milhares de anos e podem representar uma grave ameaça à saúde pública.

O virologista Jean-Michel Claverie identificou vírus de até 50 mil anos de idade que ainda possuem potencial infeccioso na permafrost. As informações são do ISTOÉ.

Em 2014, Claverie demonstrou que esses micróbios podem ser “revividos” após serem retirados da camada. Pesquisas recentes revelam que patógenos desconhecidos podem representar riscos para humanos, animais e plantas.

Exemplos preocupantes incluem o ressurgimento de esporos de antraz após o derretimento da permafrost, causando infecções e mortes. Além disso, cientistas reanimaram uma lombriga de 46 mil anos, indicando a capacidade desses seres de sobreviverem em estado inativo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está atenta a essa ameaça, analisando vírus e bactérias que podem desencadear pandemias após o descongelamento da permafrost desde 2017. A colaboração com mais de 300 cientistas é fundamental para entender e prevenir os potenciais riscos trazidos por esse fenômeno.