Cigarro eletrônico pode causar danos à pele?

Cigarro eletrônico pode causar danos à pele?

Veja como a nicotina e outras substâncias tóxicas presentes no vape podem prejudicar a saúde

É de conhecimento quase que geral que o cigarro eletrônico, ou vape, pode causar problemas respiratórios, danos no sistema cardiovascular e aumento no risco de desenvolvimento de câncer de pulmão. Mas, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o uso do produto também pode fazer mal à pele.

Como esses equipamentos contêm quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, sua utilização favorece problemas dermatológicos assim como ocorre com o cigarro tradicional, explicou Elisete Crocco, coordenadora do departamento de cosmiatria da SBD, à Folha de S.Paulo.

A médica contou que faz perguntas aos pacientes sobre seus hábitos e muitos, ao serem questionados se fumam, afirmam que não. Mas, ao serem indagados especificamente sobre cigarro eletrônico, contam que sim. “As pessoas não estão entendendo que o cigarro eletrônico também tem nicotina. É um vício que não estão considerando como vício”, afirmou.

Segundo o último Covitel – Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia – quase um quarto dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos afirma que já experimentou cigarro eletrônico.

Crocco destaca que neste público mais jovem são comuns doenças como acne e rosácea devido ao uso do vape. Outros problemas são o aumento da porosidade, maior abertura das saídas das glândulas, que deixa a pele mais oleosa, além de formação de lesões internas e hidradenite.

Já entre usuários crônicos, há relatos na literatura de fissuras, queimaduras e feridas nos lábios.