Saiba por que o cigarro eletrônico não é seguro para a saúde

Saiba por que o cigarro eletrônico não é seguro para a saúde

Produto surgiu há alguns anos como uma opção para quem deseja parar de fumar, mas é tão ou mais tóxico do que o cigarro comum

O cigarro eletrônico surgiu há alguns anos como uma opção para quem deseja parar de fumar. Aparentemente, o produto seria menos danoso à saúde do que os cigarros comuns. No entanto, notícias recentes informaram que o uso do cigarro eletrônico também pode causar algumas doenças.

De acordo com a pneumologista Elnara Negri, o produto também tem efeitos tóxicos relevantes. “Não sabemos o efeito de inalar aromatizantes e corantes, que muitas vezes são utilizados com o cigarro eletrônico. Além disso, muitos deles têm formol na composição, que tem um alto poder carcinogênico. Portanto, ele não está isento de toxinas”.

Além disso, muitos deles têm formol na composição, que tem um alto poder carcinogênico. Portanto, ele não está isento de toxinas.

A médica destaca ainda que ele também podem fazer mal para quem está por perto. Além disso, algumas pessoas que conseguiram parar de fumar, acabaram voltando por causa do dispositivo. Os adolescentes estão começando a fumar cigarros eletrônicos, com níveis de nicotina mais baixo. Porém, a nicotina é altamente viciante, e em algum momento aqui não é mais suficiente. Por isso, é uma grande porta de entrada para a indústria do tabagismo. O cigarro eletrônico não é legal”.

Cigarro eletrônico é tentativa de manter dependência química

O doutor Drauzio Varella completa afirmando que o cigarro eletrônico é uma tentativa da indústria de tabaco para manter viciados e dependentes em nicotina. “Conseguiram glamourizar o cigarro no século XX e transformar em um hábito que dava status para as pessoas. Com tanta discussão nos últimos anos, conseguimos mudar a imagem do cigarro para o que ela realmente é. É um vício. É feio, tem mau cheiro, dá mau hálito e deixa as pessoas envelhecidas. Então eles criaram o cigarro eletrônico”.

É um vício. É feio, tem mau cheiro, dá mau hálito e deixa as pessoas envelhecidas. Então eles criaram o cigarro eletrônico.

Ele explica que transformaram o formato, criando cigarros eletrônicos em formas de pen drive e incluíram aromas para atrair crianças e adolescentes. “O que eles querem com isso é manter a dependência a nicotina que é a pior das dependências químicas. É mais fácil largar do crack, do que largar do cigarro”.

Além disso, o médico ressalta que a venda do cigarro eletrônico é proibida no Brasil. Já nos Estados Unidos, 38% dos jovens já utilizam o produto.”Eles acham que não faz mal. A quantidade de fumaça que sai desses dispositivos é absurda. Muito maior do que a do cigarro comum. Isso não é brincadeira. Não se brinca com drogas que provocam dependência química. Para entrar é fácil, para sair é muito difícil”.