Quais remédios lideraram as vendas da indústria em 2017?

Quais remédios lideraram as vendas da indústria em 2017?

Dados da Anvisa mostram as medicações mais vendidas em termos de quantidade e de faturamento

Dados da Anvisa mostram que a indústria farmacêutica comercializou mais de 732,5 milhões de caixas de produtos para tratar doenças cardíacas em 2017. Esses medicamentos foram líderes de vendas no Brasil.

No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os problemas cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% dos óbitos. Dados do Ministério da Saúde também mostram números preocupantes. Apenas em 2017, houve mais de 1,1 milhão de internações na rede pública provocadas por doenças cardíacas.

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Medicamentos para o sistema nervoso

O segundo lugar nos tratamentos mais vendidos foi ocupado pelos medicamentos para doenças do sistema nervoso central. Com um total de 680,5 milhões de embalagens comercializadas. O número representou 15,3% do total de caixas vendidas em 2017. Além disso, houve um faturamento de R$ 10 bilhões.

Alguns exemplos de doenças desse sistema são: doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esclerose múltipla e epilepsia, entre outras. O Ministério da Saúde registrou 190 mil internações pelo conjunto das diversas enfermidades relacionadas ao sistema nervoso.

Os medicamentos para tratar doenças do aparelho digestivo e metabolismo aparecem em terceiro lugar, com 615,6 milhões de caixas vendidas (13,8% do total) e um faturamento de R$ 9 bilhões (13%).

Câncer

Em termos de faturamento, os medicamentos para o tratamento do câncer ficaram em primeiro lugar. Em 2017, esses remédios foram responsáveis por mais de R$ 10,1 bilhões em vendas.

No entanto, a quantidade de embalagens comercializadas foi uma das menores. Foram 18,7 milhões de caixas ou 0,4% do volume global. Isso ocorre porque os produtos destinados ao tratamento são mais caros.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de que o Brasil registre cerca de 600 mil novos casos da doença em 2018. Ainda segundo dados do Inca, o tipo mais incidente é o de pele não melanoma, que é um tumor menos letal. Serão cerca de 165,5 mil casos novos. Depois os dois tipos com maior número de casos são o de próstata com 68,2 mil casos novos e o de mama feminina 59,7 mil casos novos.