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Bebida quente demais pode causar câncer de esôfago

Para relaxar, esquentar um dia frio ou acompanhar aquela generosa fatia de bolo, uma bebida quentinha cai muito bem. Pelo menos é o que garante quem é fã do chá, do chimarrão, do chocolate ou do famoso cafezinho. Caso faça parte desse grupo, saiba, no entanto, que não dá para exagerar quando o assunto é a temperatura da sua bebida preferida – é possível que o hábito de ingerir líquido quente demais acabe prejudicando sua saúde. Bebida quente causa câncer?

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o consumo de bebida muito quente pode, sim, contribuir para o desenvolvimento do carcinoma epidermoide de esôfago, tipo de câncer encontrado em 90% dos brasileiros diagnosticados com a doença nesse órgão. “A questão não é a bebida em si, mas, sim, a alta temperatura que acelera o processo de formação do câncer. Ou seja, o líquido quente causa lesão na mucosa do esôfago, algo que, combinado a outros fatores, como ao tabagismo e ao excesso de álcool, colabora para o surgimento do problema”, esclarece o instituto.

Temperatura ideal

Ainda segundo o Inca, existem fortes evidências de que a probabilidade de danos às células aumenta a partir de temperaturas que atingem 65 °C ou mais. Dessa forma, a orientação é a de que bebidas quentes sejam consumidas, de preferência, a temperaturas inferiores a 60 °C. Vale salientar que o contrário – a ingestão de bebidas em temperaturas muito baixas – não apresenta risco para o desenvolvimento de câncer.

O café já provou seus benefícios à saúde, mas como saber se aquela xícara, que parece inofensiva, pode ser saboreada sem receio? Não se preocupe, pois isso é tarefa fácil. “Para chegar à temperatura recomendada, basta desligar o fogo logo após o início da formação de bolhas gasosas no fundo da chaleira e esperar cinco minutos antes de consumir a bebida”, orienta o Inca. Também é aconselhável fazer o mesmo ao colocar o líquido na garrafa térmica, lembrando que esse foi um dos produtos testados recentemente pela PROTESTE. Todos os seis modelos avaliados provaram cumprir bem sua função – o consumidor confere o resultado completo na edição n.º 219 da revista (dez/21).

Prevenção em foco

Assim como evitar ingerir café, chá, chocolate ou chimarrão quente demais, deixar o cigarro de lado e evitar bebidas alcoólicas são medidas importantes para a prevenção contra o câncer de esôfago (90% dos pacientes diagnosticados com a doença no Brasil são fumantes e consomem álcool em excesso. “Isoladamente, o tabagismo é responsável por 25% dos casos). É também indicado manter o peso corporal adequado, assim como identificar e tratar a doença do refluxo gastroesofágico”, alerta o Inca.

Na fase inicial, a doença não apresenta sintomas. Entretanto, a progressão do quadro tende a provocar dificuldade ou dor ao engolir, dor retroesternal (atrás do osso do meio do peito), dor torácica, sensação de obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda de apetite. Para 2021, foram estimados, pelo Inca, 11.390 novos casos de câncer de esôfago em nosso país, sendo 8.690 em homens e 2.700 em mulheres. Os números são os mesmos para 2022.

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