Chocolate: benefícios para a saúde e as propriedades nutricionais

Chocolate: benefícios para a saúde e as propriedades nutricionais

Conheça as principais características do chocolate, como ele é feito, as diferenças entre os tipos que existem e os benefícios para a saúde

Ninguém tem dúvida que o chocolate é um dos alimentos mais amados do mundo e é consumido nos quatro cantos do planeta durante todo o ano. O produto tem protagonismo na vida dos brasileiros. Além de ocupar as prateleiras do supermercado e a nossa geladeira, ele também ganha bastante espaço nas rodas de conversa.

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Isso não é por acaso. A verdade é que o chocolate carrega alguns paradigmas, especialmente relacionados aos benefícios ou malefícios do alimento para a saúde. Afinal, chocolate vicia mesmo? O meio amargo engorda menos do que o ao leite? Todas essas dúvidas — e muitas outras — vão ser explicadas ao longo deste artigo.

Nós ainda vamos falar sobre o resultado de um teste realizado pela PROTESTE, que comparou diversos tipos de chocolate disponíveis no mercado e trouxe a resposta que todo mundo quer saber: dá pra comer chocolate e ainda sim ser saudável? A gente adianta que sim. Mas, para saber como, você precisa continuar a leitura.

Você sabe mesmo o que é o chocolate?

A pergunta pode parecer óbvia, mas é sempre válido retomar o assunto para relembrar que, diferentemente do que muita gente pensa, chocolate não é só aquele produto com embalagem colorida vendido no supermercado. Trata-se, na verdade, de um alimento que tem origem nas Américas Central e do Sul e que tem seus registros iniciais nas primeiras civilizações pré-colombianas, como os Maias e os Astecas.

Como você deve saber, o chocolate tem como seu principal ingrediente o cacau que, misturado a outros ingredientes, como o açúcar, resulta em um alimento queridinho de muitas pessoas. Vale dizer que, para ser caracterizado como chocolate, pelo menos 25% do produto precisa ser composto por sólidos de cacau. 

É a quantidade de cacau, inclusive, que vai terminar os tipos de chocolate: ao leite, meio amargo e amargo. Quanto mais cacau na fórmula, mais amargo o chocolate tende a ser.

Além disso, vale ressaltar que o chocolate branco deve ter pelo menos 20% de manteiga de cacau em sua formulação, e não apresenta outros derivados de cacau, como a massa de cacau ou os sólidos de cacau (em pó).

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Como o chocolate é feito

Apesar de nos deliciarmos com o chocolate há dezenas de décadas, o processo de fabricação do alimento ainda é desconhecido para muita gente. Entender sobre ele é importante para compreender o que você precisa levar em conta na hora de escolher uma opção saudável.

Tudo começa com o fruto do cacau, que nasce preso ao tronco do cacaueiro. Os frutos são colhidos e a indústria alimentícia aproveita as sementes do cacau, que seguem para os sistema de produção, onde são fermentadas, secas e aquecidas. Ao final desse processo, as sementes são descascadas, conhecidas como nibs. Em seguida, elas são torradas e moídas até virar uma pasta de cacau (que também pode ser chamada de licor de cacau ou massa de cacau). Essa pasta, formada pela manteiga de cacau e os sólidos de cacau, pode ser utilizada como ingrediente na produção de uma barra de chocolate ou, então, seguir para outros dois processos que originam os dois produtos em separado: a manteiga de cacau (100% gordura) e os sólidos de cacau (também conhecidos como cacau em pó). Eles também podem ser utilizados na formulação do nosso saboroso chocolate. 

Segundo a Anvisa, o chocolate é definido como “produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau (Theobroma cacao L.), massa, pasta ou liquor de cacau, cacau em pó ou manteiga de cacau, com outros ingredientes, podendo apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados”.

Como dissemos anteriormente, no processo de produção, a massa do cacau (manteiga + sólidos do cacau) ou o próprio cacau em pó devem ser misturados a outros ingredientes, que variam conforme o tipo de chocolate produzido.

O tipo branco, por exemplo, possui pelo menos 20% de manteiga de cacau e pode ser composto por outros ingredientes como: açúcar, leite em pó e lecitina. Já os chocolates ao leite, meio amargo e amargo devem conter pelo menos 25% de sólidos de cacau (seja puro ou advindo da massa de cacau) e, além do açúcar, também podem estar presente leite em pó, gorduras lácteas ou até mesmo mais manteiga de cacau.

Vale dizer que o valor calórico do chocolate pode variar de acordo com o tipo de chocolate produzido e a formulação do produto. Mas, é importante ter em mente que para ter certeza do nível de saudabilidade de um produto, é preciso ler o rótulo de alimentos com atenção.

A rotulagem dos alimentos, inclusive, ganhou novas regras no segundo semestre de 2022, que já podem ser conferidas em alguns ovos de páscoa comercializados neste ano. Se você não tem o hábito de ler rótulos, porque não entende nada do assunto, não se preocupe: a PROTESTE tem um guia de bolso da Nova Rotulagem Nutricional, que pode ser conferido gratuitamente no nosso App.

Nutrientes e benefícios do chocolate

O chocolate é um alimento que pode ser nutritivo quando consumido de forma moderada e dentro de uma dieta balanceada. Ele possui proteínas, gorduras, cálcio, magnésio, ferro, zinco, vitaminas E, B1, B2, B3, B6, B12 e C. Ele tem alto teor de flavonoides, que é uma substância que auxilia no bom funcionamento dos vasos sanguíneos.

Este tipo de doce também estimula a produção de serotonina, que é um hormônio responsável pelo bom humor e auxilia no combate à depressão e ansiedade. E também é um antioxidante.

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Mitos e verdades sobre o chocolate

Como dissemos no início do artigo, o chocolate é um alimento rodeado de paradigmas. E entender o que, de fato, é verdade sobre o produto é fundamental para que possamos consumi-lo sem culpa e da maneira mais saudável possível. Confira abaixo algumas verdades e mentiras sobre o chocolate:

Chocolate traz benefícios à saúde

Essa é uma verdade que, felizmente, vem ganhando cada vez mais espaço nos consultórios dos nutricionistas e nas rodas de conversa. Quando consumido com moderação, o chocolate pode, sim, ser nutritivo, oferecendo benefícios para a saúde cardiovascular, para a concentração e até mesmo para a prevenção de doenças crônicas. Além, claro, de ser uma baita fonte de energia.

Chocolate é viciante

Se fôssemos elencar os maiores mitos relacionados ao chocolate, esse com certeza estaria no topo da lista. E a confusão, mais uma vez, está na composição do alimento. O chocolate contém compostos que podem estimular a produção de serotonina, um neurotransmissor associado ao prazer e ao bem-estar, incluindo a sensação de bom-humor. Contudo, por mais viciantes que essas sensações sejam, não podemos dizer que o chocolate causa vício em quem consome.

Vale ressaltar, no entanto, que, devido à associação do consumo do chocolate com essas emoções positivas, algumas pessoas podem desenvolver um desejo intenso pelo alimento. Nos casos em que não há um controle sobre a quantidade ingerida,  a ajuda de um profissional de saúde pode ser necessária.

Chocolate amargo é mais saudável do que o chocolate ao leite

Nem totalmente um mito, nem uma completa verdade. É fato que o chocolate amargo contém mais cacau e, portanto, mais compostos bioativos (como antioxidantes) do que o chocolate ao leite, o que faz com que ele seja mais saudável quando avaliamos a composição nutricional do produto. No entanto, ele também possui um alto índice de gordura, incluindo a gordura saturada, o que coloca a afirmação acima em xeque.

Quer saber mais sobre o chocolate amargo? Confira o artigo sobre ele aqui no site MinhaSaúde. Clique aqui.

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O que é chocolate fracionado?

O chocolate fracionado é um tipo do produto muito usado na confeitaria por causa de sua versatilidade. Ele não precisa de temperagem e demora mais para derreter. Porém, ele é feito com gordura vegetal, que é um tipo de óleo, ao invés da manteiga de cacau. Geralmente, ele é encontrado no mercado com o nome de cobertura de chocolate.

O produto fracionado costuma ser mais barato do que o chocolate puro, já que não possui manteiga de cacau.

A receita para consumir de forma consciente

Mas, se diferentemente do que muita gente acredita, não é totalmente verdade que o chocolate amargo é mais saudável do que o chocolate ao leite, como então consumir o alimento sem culpa e sem colocar a saúde em risco? Muitos fatores podem te ajudar a entender isso, mas já adiantamos que o segredo está na moderação.

O chocolate é um alimento rico em gordura saturada — inclusive, quanto mais cacau, mais gordura provavelmente vai ter — e, de acordo com o Ministério da Saúde, nosso consumo de gordura saturada deve ser de apenas 10% da ingestão calórica do dia. Ou seja, quem segue uma dieta de 2 mil calorias ao dia deve consumir 200 calorias vindas dessas gorduras, isso equivale a cerca de 22g ao dia.

Para saber a quantidade de gordura de um alimento, você já sabe, é preciso ler o rótulo. Mas, se tratando de chocolate, o nosso teste mostrou que, de forma geral, enquanto um chocolate 50% cacau tem 8,5 de gorduras totais e 5,1 de gorduras saturadas, um chocolate 100% cacau tem 13,0 de gorduras totais e 7,4 de gorduras saturadas. Ou seja, mesmo sendo um chocolate amargo, é preciso que ele seja consumido de forma moderada! Uma porção de 25g por dia costuma ser o recomendado por profissionais de saúde.

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O que os especialistas têm a dizer?

Não é só para os chocólatras de plantão que o chocolate é importante. Na verdade, o alimento é objeto de estudos constantes e, inclusive, foi tema de um teste comparativo realizado pela PROTESTE, por meio do qual foram comparados diversos chocolates de 50%, 70% e 100% cacau disponíveis no mercado.

Os chocolates mais amargos têm ganhado espaço no mercado porque são ricos em antioxidantes, compostos capazes de impedir danos às células e ao DNA ocasionados pelos radicais livres produzidos pelo organismo. A quantidade de antioxidantes no chocolate amargo pode chegar a ser cinco vezes maior do que no chocolate ao leite. Além disso, o cacau é rico em minerais, como potássio, fósforo, cobre, ferro, zinco e magnésio.

Mas, para saber o quão rico é cada produto, é preciso ler os rótulos e comparar as opções disponíveis no mercado. Você pode conferir o nosso teste comparativo com chocolates 50%, 70% e 100% cacau com mais detalhes na edição de abril da Revista da PROTESTE. Para ter acesso ao conteúdo, basta se associar à instituição agora mesmo, clicando aqui.

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Informação de qualidade à sua disposição

Como dissemos, associados PROTESTE têm acesso à matéria completa sobre os benefícios do chocolate para a saúde e o nível de saudabilidade dos produtos disponíveis no mercado. Mas, não é só isso. A instituição, que é uma organização sem fins lucrativos que visa apoiar os consumidores brasileiros em suas decisões de compra, também oferece para seus associados o auxílio de especialistas em defesa do consumidor em caso de problemas com empresas.

Você pode fazer parte do nosso canal do Telegram ou baixar o App PROTESTE para conferir gratuitamente os conteúdos disponibilizados por lá. A PROTESTE também oferece o canal Reclame (para que consumidores possam enviar reclamações diretamente para empresas), testes comparativos como esse do chocolate e serviços de intervenção extrajudicial.

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Texto atualizado em 30 de março de 2024.