Disfunção erétil: alternativa gratuita pode ser eficaz no tratamento

Disfunção erétil: alternativa gratuita pode ser eficaz no tratamento

A Sociedade Brasileira de Urologia classifica a disfunção erétil como a incapacidade de obter ou manter uma ereção durante a atividade sexual

A prática de exercícios físicos regularmente, por 30 minutos, três vezes por semana, é um tratamento eficaz para a disfunção erétil, de acordo com uma recente revisão sistemática publicada na revista científica The Journal of Sexual Medicine. O estudo analisou 11 ensaios clínicos randomizados e controlados. As informações são do jornal O Globo.

Essa pesquisa revela que os benefícios decorrentes dessas atividades físicas podem ser comprados aos obtidos com o uso de medicamentos amplamente conhecidos, como o Viagra e o Cialis. Embora o tempo de exercício preconizado seja inferior às diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para uma vida saudável, que sugere 150 minutos semanais de atividade física, essa descoberta proporciona uma alternativa econômica e segura para tratar a disfunção erétil.

O estudo engloba tanto o uso de medicamentos para a disfunção erétil quanto a prática de exercícios físicos e nele foram avaliados 1,1 mil homens com diferentes índices de peso corporal e condições de saúde.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) classifica a disfunção erétil como a incapacidade de obter ou manter uma ereção durante a atividade sexual, uma condição que frequentemente resulta em desafios psicológicos e uma redução na qualidade de vida para os homens afetados.

Os pesquisadores empregaram uma escala de pontuação para mensurar o impacto da intervenção, com base em pesquisas prévias. Concluíram que, em comparação com outras abordagens terapêuticas, a prática regular de exercícios físicos gerou uma melhora de 2 a 5 pontos nos casos de disfunção erétil, com um aumento médio de aproximadamente 5 pontos em situações mais graves. 

Por outro lado, o uso de medicamentos como o Viagra e o Cialis resultou em um aprimoramento de 4 a 8 pontos, enquanto a reposição de testosterona proporcionou um acréscimo de 2 pontos.

No Brasil, estima-se que cerca de 25 milhões de homens enfrentem a disfunção erétil, tornando-a a condição sexual mais prevalente entre os homens. O problema tende a ser mais comum em homens mais velhos, geralmente a partir dos 40 anos, devido às alterações inerentes ao processo de envelhecimento, como a redução natural dos níveis de testosterona, a fraqueza dos músculos pélvicos e a diminuição da função nervosa envolvida na ereção.

Em homens mais jovens, a origem da disfunção erétil costuma estar associada a fatores psicológicos, como a ansiedade de desempenho e os elevados níveis de estresse, que podem perturbar o equilíbrio hormonal e o funcionamento do sistema nervoso.