Iodo: saiba por que as grávidas precisam desse mineral
O iodo é um mineral essencial para o funcionamento do corpo, mas existe uma razão pela qual as futuras mamães precisam consumi-lo na dieta
Por RedaçãoEm 13/08/2019 às 12:20 2minutos de leitura
O iodo é um mineral essencial para o funcionamento do corpo. Ele atua na produção dos hormônios da tireóide que controlam muitas funções, incluindo o crescimento e o desenvolvimento saudável do cérebro. No entanto, o corpo humano não produz iodo, e por isso ele precisa ser fornecido na dieta.
A baixa ingestão do mineral pode fazer com que uma pessoa não produza os hormônios da tireoide na quantidade suficiente. Essa deficiência pode ser muito prejudicial, principalmente para mulheres grávidas.
Por isso, a falta de iodo durante a gravidez é um problema mundial e se tornou um questão de saúde pública global. Isso porque a ingestão inadequada de iodo pelas mães é a principal causa de dano cerebral evitável em recém-nascidos e lactentes. Além disso, a falta do nutriente pode ocasionar outras condições, como hipotireoidismo, aumento da glândula tireoide (bócio) e ganho de peso.
Iodo e o cérebro
O iodo é um componente importante para o desenvolvimento saudável do cérebro. Desse modo, a baixa ingestão pode ter consequências graves sobre o desenvolvimento fetal e infantil, podendo causar danos cerebrais irreversíveis.
Portanto, esse é um nutriente crucial que deve ser sempre mantido em níveis adequados ao longo da vida, mas especialmente durante a gravidez e a infância.
A deficiência de iodo durante a infância está freqüentemente associada ao bócio e também à redução do desempenho intelectual e motor. Além disso, pode haver aumento do risco de TDAH em crianças.
Quantidades recomendadas
Uma colher de chá de iodo é a quantidade que uma pessoa precisa durante toda a vida. Porém, como o iodo não pode ser armazenado por longos períodos, pequenas quantidades são necessárias regularmente.
Segundo o Institute of Medicine (IOM), essas são as quantidades necessárias, de acordo com a idade:
1 a 8 anos: 90 microgramas
9 a 13 anos: 120 microgramas
14 anos e mais velhos: 150 microgramas
Gestantes: 220 microgramas
Mulheres em fase de lactação: 290 microgramas
Melhores fontes de iodo
A tendência de comer menos sal, laticínios e pão pode contribuir para a deficiência do nutriente, o que tem preocupado especialistas. Por isso, manter uma dieta saudável e equilibrada que inclua alimentos ricos em iodo e sal iodado é a importante. Porém, é fundamental saber escolher as fontes mais saudáveis.
Segundo a Academy of Nutrition and Dietetics, a recomendação é diminuir o consumo de sal que venha de alimentos processados e obter o sódio a partir do sal iodado. Algas marinhas, peixes de água salgada e frutos do mar são fontes naturais de iodo na dieta. Os produtos lácteos também fornecem o nutriente em níveis variados. Há ainda algumas vitaminas pré-natais que podem ajudar a atender às necessidades nutricionais de mães grávidas e lactantes.