MAPA divulga resultados do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal

MAPA divulga resultados do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) divulgou, no dia 19 de novembro de 2021, os resultados do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal). O PNCRC/Vegetal tem como função monitorar a qualidade dos produtos de origem vegetal produzidos em todo o território nacional, em relação à ocorrência de resíduos de agrotóxicos e contaminantes químicos e biológicos.

A última pesquisa monitorou diversos produtos de origem vegetal destinados ao mercado interno e à exportação nos anos de  2019 e 2020. No período, foram analisados tanto produtos nacionais quanto os importados. Cerca de 89% das amostras estiveram em conformidade. Foram elas: alho, amêndoa, avelã, café, castanha de caju, castanha do Brasil, cebola, cevada malteada, manga e pimenta do reino.

Os outros 11% dos vegetais apresentaram alguma não conformidade. Desses, 10% apresentaram agrotóxicos e 1% contaminantes como micotoxinas, MDT (morfolina, dietanolamina e Trietanolamina) e metais pesados. Os vegetais que apresentaram pelo menos uma não conformidade foram: amendoim, amêndoa de cacau, arroz, alface, abacaxi, batata-inglesa, banana, beterraba, café torrado e moído, citros, cenoura, farinha de trigo, feijão comum (Phaseolus vulgaris), feijão-de-corda (Vigna unguiculata), goiaba, kiwi, mamão, maçã, milho, melão, morango, pera, pimentão, soja, trigo, tomate e uva.

Com base no PNCRC/Vegetal liberado pelo Mapa, preparamos um ranking dos oito vegetais que apresentaram mais contaminação:

Os agrotóxicos, também conhecidos por pesticidas, são substâncias químicas com ação tóxica, que têm compostos químicos formulados para aumentar o potencial produtivo dos solos, prevenir, combater ou destruir espécies indesejáveis e/ou doenças que possam interferir desde a produção até o transporte de alimentos e derivados. A toxicidade e o modo de ação dos defensivos agrícolas no homem e nos animais variam largamente, e têm sido relacionadas a alterações do sistema reprodutor, alterações hormonais, imunológicas e inclusive ao câncer.

Segundo o MAPA e Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, que tem o Programa de Analise de Residuos em Alimentos (PARA), os resíduos encontrados não apresentam riscos agudos para a população, porém o MAPA autuou os infratores. Dentre os resultados para os demais contaminantes, vale um destaque para a detecção de micotoxinas em amendoins, os quais apresentaram 26% das amostras não conformes. Esse tipo de contaminante trata-se de substâncias produzidas a partir dos fungos que podem gerar náuseas, vômitos e causar problemas mais graves nos rins, no fígado e no cérebro, por exemplo.

O MAPA coíbe as infrações, aplicando multas aos estabelecimentos onde são detectados não conformidades. Desde 2019, quando a fiscalização passou a autuar as irregularidades, o orgão já aplicou mais de R$ 4 milhoes em multas. Vale destacar que, apesar dos órgãos governamentais servirem para regulamentar e fiscalizar, a responsabilidade sobre a qualidade dos produtos está em cada segmento da cadeia produtiva, ou seja, cada etapa do campo até a mesa dos brasileiros.

Para saber mais sobre segurança do consumo dos vegetais comercializados nacionalmente, clique aqui.

Veja também os resultados completos foram divulgados pela Portaria DAS n° 448, de 17 de novembro de 2021.