Estudo revela danos ao cabelo devido a escova progressiva e descoloração
Amostras foram analisadas no Instituto de Física da USP
O uso de técnicas, incluindo raios-X, proporcionou pela primeira vez, em nível molecular, um estudo dos danos ao cabelo causados pelo procedimento de alisamento conhecido como escova progressiva.
Amostras foram analisadas no Instituto de Física (IF) da USP, que revelaram que as mechas mais prejudicadas foram as que passaram por descoloração antes do alisamento e resultaram em um aumento na porosidade dos fios – resultando em cabelos ressecados, com frizz e com pouca elasticidade.
A fibra capilar humana é composta por muitas estruturas fundamentais: o córtex, que é situado na camada intermediária com alta concentração de queratina, água, lipídios, melanina e outras proteínas, determina características como forma, cor, resistência mecânica e elasticidade; a cutícula, que é a parte externa e proporciona proteção ao sobrepor as camadas protéicas; os lipídios, uma forma de gordura que representa a oleosidade natural que mantém os fios macios, brilhantes e impermeabilizados, formando uma camada protetora que reduz a vulnerabilidade dos fios.
De acordo com o portal Viva Bem, do UOL, em um estudo recente, pesquisadores utilizaram uma combinação de ácido glioxílico e carbocisteína, um ativo não aprovado oficialmente pela Anvisa, mas amplamente utilizado no mercado de cosméticos e pouco abordado em pesquisas científicas.
Em 2023, a Anvisa atualizou sua lista de substâncias permitidas para alisamento em produtos cosméticos. Agora, os ativos autorizados, segundo o órgão regulador, são: ácido tioglicólico e seus sais, ésteres do ácido tioglicólico, hidróxido de sódio, potássio, hidróxido de lítio, cálcio hidróxido associado ao sal de guanidina, sulfitos e inorgânicos, bissulfitos, pirogalol, e ácido tiolático.