Pesquisa revela farinha de grilo como suplemento nutritivo para atletas

Pesquisa revela farinha de grilo como suplemento nutritivo para atletas

Inserida em forma de farinha, o alimento pode ajudar na obtenção de proteínas e sustentabilidade

Em uma tese de doutorado realizada pelo cientista de alimentos Antonio Bisconsin Junior, onde 780 pessoas de vários estados do Brasil foram ouvidas,  a ideia de acabar (ou amenizar) problemas nutricionais e ambientais com o consumo de insetos de maneira corriqueira, fez com que uma discussão sobre a repulsa por esse tipo de alimento viesse à tona. 

No seu estudo, ele percebeu que o inseto que consegue causar menos nojo entre os consumidores brasileiros é o grilo, que, em forma de farinha usada na preparação de outros alimentos, como um suplemento, pode ser a opção.  Em entrevista para o portal G1, ele afirma que “A palavra mais comum é nojo ou nojento. As pessoas têm repulsa porque associam inseto a doença ou lugar insalubre ou a algo potencialmente danoso, especialmente se veem um inseto inteiro.”

Chamada de Cricket Protein (farinha de grilo) e pensada para ser usada como suplemento por atletas, o pesquisador, em um laboratório da Alemanha, desenvolveu a farinha. Feita por meio de preparos químicos e físicos que separam o exoesqueleto no grilo, onde existem grandes quantidades de quitina, é extraído somente a gordura do inseto para o preparo. Podendo ser solúvel em água, ela também pode virar um gel para ser usado em outros alimentos. 

Os testes da farinha ainda não tiveram muitos avanços como teste com consumidores e mercado, mas por enquanto já é possível ter uma ideia de como seria a forma desse alimento.